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Meio Ambiente
Terça - 20 de Fevereiro de 2007 às 08:28

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O Greenpeace e outras ONGs ambientalistas acusaram hoje o Japão de enfraquecer a Convenção de Basiléia, assinada em 1989, e de negociar com países asiáticos acordos econômicos que lhe permitirão "reabrir a região ao tráfego de lixo tóxico".

Em comunicado divulgado em Manila, Bangcoc, Nova Délhi e Seattle, várias ONGs expõem como maior prova das intenções japonesas um documento, descoberto no ano passado, no qual Tóquio solicita o estudo dos acordos econômicos bilaterais como um canal bidirecional de resíduos tóxicos.

"Enquanto desembolsa cinicamente muito dinheiro para a Convenção de Basiléia e promete ajuda aos países em desenvolvimento, o Japão se tornou, na verdade, um câncer no seio da Convenção, com o objetivo de destruir sua missão original", afirmou Richard Gutierrez, do escritório para a Ásia-Pacífico do Basel Action Network, em Manila.

Beau Baconguis, do escritório do Greenpeace em Manila, afirmou que, diante destas revelações, só cabe imaginar que o Japão tentará usar o acordo econômico assinado com as Filipinas - ainda pendente de ratificação pelo Parlamento de Manila - para despejar seu lixo perigoso em solo filipino.

"Insistimos em nosso pedido para que o acordo não seja aprovado até que os artigos sobre liberação de lixo nuclear e tóxico não sejam eliminados", afirmou Baconguis.

A nota lembra que a Convenção de Basiléia, estabelecida pela ONU, exige que todos os países signatários assumam a responsabilidade de cuidar de seu próprio lixo dentro de suas fronteiras.

O comunicado é assinado pelo Greenpeace, pela Basel Action Network, pela Citizens Against Chemicals Pollution e pela Global Alliance for Incinerator Alternatives (GAIA).




Fonte: Agência EFE

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