Indicações saem após reforma

O governador Blairo Maggi está aguardando a reforma ministerial, a ser promovida pelo presidente Lula, para definir a participação de Mato Grosso nos cargos de segundo e terceiro escalões do governo federal. Ele já apresentou uma lista de 12 nomes à ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousself, para as funções que considera de interesse do Estado, como o Dnit, Conab e Basa.

Blairo Maggi espera fechar o entendimento com o presidente Lula até meados de março, embora a indicação do secretário de Educação do Estado, Luiz Antônio Pagot, para a direção geral do Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre) esteja confirmada. "O governador tem encaminhado as discussões com a ministra Dilma Rousself, que tem feito algumas sinalizações importantes", informou um parlamentar federal.

"Há possibilidade de todas as indicações feitas pelo governador serem aceitas pelo presidente Lula", destacou. O objetivo de Blairo Maggi é conseguir ocupar funções no governo federal que considera estratégicas para Mato Grosso. "Ás vezes, é mais importante ocupar cargos de segundo e terceiro escalões do que um Ministério", argumenta sempre quando é questionado se irá indicar um ministro a Lula.

Desde que decidiu apoiar a reeleição do presidente no segundo turno, contrariando as principais lideranças rurais, o governador mato-grossense conseguiu a amizade e confiança de Lula. Hoje Blairo Maggi é um dos interlocutores do presidente da República e a sua forma discreta de fazer política, sem exigir muito, tem rendido respeito e prestígio no Palácio do Planalto.

"O governador tem canal direto com o presidente Lula", atestou o senador Jaime Campos (PFL), que participou de uma audiência com o presidente da República a convite de Blairo Maggi. Com esse prestígio, o governador deverá fazer com que o Estado tenha um espaço no governo federal, que Mato Grosso não tem desde a época que Dante de Oliveira assumiu o Ministério da Reforma Agrária no governo Sarney. "O Dnit, que o Pagot vai assumir, vale muitos ministérios", diz o federal Wellington Fagundes (PR).