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Cidades/Geral
Sábado - 30 de Março de 2013 às 09:52

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Após visita da Comissão de Saúde da Câmara de Cuiabá ao local onde deveria ser construída a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Pascoal Ramos, os vereadores Ricardo Saad e Maurélio Ribeiro, ambos médicos e do PSDB, criticaram a intenção do prefeito Mauro Mendes (PSB) de transferir a construção para um terreno de propriedade do secretário municipal de Saúde, Kamil Fares (PDT). Fares faria a doação da área ao município a fim de evitar desapropriações no local próximo à avenida das Torres. Contudo, Mendes garantiu que já está em estudo um local na região Sul para receber a UPA.

O projeto para a construção de duas UPAs, uma no Pascoal Ramos e outra no bairro Morada do Ouro foi aprovado pelo governo federal em 2011 e as obras foram iniciadas, na gestão do ex-prefeito Chico Galindo (PTB), que pretendia inaugurar pelo menos uma delas. A unidade da Morada do Ouro, que já está em fase adiantada, deve ser inaugurada dentro de dois meses, segundo Mendes, já o projeto do Pascoal Ramos sofrerá modificações em decorrências de problemas no terreno.

Conforme o prefeito, para dar andamento à obra, a execução do projeto seria iniciada com um aditivo de 22%. "Temos ali um terreno que apresentou custo muito alto de fundação. Ficaria um limite de 3% para novos aditivos. Qualquer probleminha que der na obra, ela pára porque não pode mais aditivar". Ele afirma que ainda é possível solicitar a mudança de projeto junto ao Ministério da Saúde, bastando para isso ter uma justificativa plausível. "O Ministério é amplamente favorável. Se for necessário mudar, não hesitaremos, mas em cima de argumentos técnicos, e esse me parece um fortíssimo argumento", disse.

Caso a mudança seja aprovada, os recursos já investidos no início da obra serão perdidos. "O dinheiro fica, mas não posso prosseguir com uma decisão se eu entender que ela está errada. Não vou dar andamento só porque já começaram", avaliou. De acordo com Mendes, o montante investido até o momento é da fonte 100, proveniente da arrecadação própria. "O ministério não gasta recursos com terraplanagem, fundações extras".

Ex-secretário municipal de Saúde, Ribeiro, defende a permanência da UPA no local. Ele afirma que não há mina de água no local, mas necessidade de drenagem como em qualquer outro terreno. "Na época perguntei ao secretário adjunto de Obras, Quidauguro Fonseca, se existia alguma coisa que inviabilizasse o terreno ou tornasse a obra mais cara e ele me disse que não".

Conforme o parlamentar, os projetos, que levaram em consideração um estudo técnico de viabilidade para a escolha dos locais, são os melhores projetos de UPA do Brasil. "Aí vem o secretário de Saúde, o prefeito e o vereador da região e acharam que tem que tirar do Pascoal de Ramos por um simples prazer, não existe justificativa plausível para tirar de lá e colocar num terreno que dizem que é do Kamil".





Fonte: A Gazeta

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