Maggi confirma irmão de Jonas Pinheiro na Empaer

O governador Blairo Maggi confirmou nesta sexta-feira o nome do irmão do senador Jonas Pinheiro (PFL) para comandar a Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural). O agrônomo Leôncio Pinheiro vai substituir Aréssio Paquer na presidência da autarquia, cujo orçamento de 2006 foi de quase R$ 35 milhões.

Jonas Pinheiro informou ainda que a lista com as 226 indicações do PFL para cargos no governo do Estado está “definida”, inclusive com portarias prontas para as contratações. Segundo ele, “não há pressa, pois o PFL está mantendo os cargos ocupados anteriormente”.

Do total de 226 indicações, segundo Pinheiro, cada deputado pefelista tem direito a 26. “O PFL sempre se sentiu contemplado (pelo governo Blairo Maggi)”, declarou Pinheiro, que se reuniu com Maggi na manhã de hoje.

A indicação de Leôncio Pinheiro enfrentou uma campanha de resistência promovida pelo atual presidente, que tentou emplacar o nome do diretor de operações Jaime Bom Despacho à frente da autarquia. Contudo, assim como o próprio Paquer, os quatro diretores da empresa são rejeitados pela maioria dos servidores.

Responsáveis pela indicação do titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder), Neldo Egon, os pefelistas têm direito aos cargos verticalizados. Assim, estatais como Empaer, Indea (Instituto de Defesa Agropecuária) e Intermat (Instituto de Terras de Mato Grosso), todas ligadas à área da agricultura, ficaram nas mãos do PFL. As duas últimas sob o comando de Décio Coutinho e Afonso Dalberto, respectivamente.

Além da permanência de Vilceu Marchetti na Secretaria de Estado de Infra-Estrutura (Sinfra), o PFL indicou o ex-prefeito Hélio Brandão (Jangada) e o vereador Valter Sampaio (Santo Antonio Leverger) para superintendências da pasta.

Reclamações – O novo presidente da Empaer, na avaliação de sindicalistas, deverá enfrentar a falta de profissionais, desmotivação de servidores e outros problemas decorrentes da suposta falta de planejamento da gestão anterior, que teria prejudicado a agricultura familiar.