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Politica Brasil
Sexta - 16 de Fevereiro de 2007 às 09:56

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Eleito pelo Partido Progressista (PP) com 15.138 votos, o deputado estadual Maksuês Leite, que também é jornalista e radialista, garante que na Assembléia Legislativa irá priorizar suas ações para Várzea Grande e, conseqüentemente, estenderá os benefícios para outras regiões. Iniciando sua trajetória em 2004, quando disputou pela primeira vez um cargo político, sendo a Prefeitura de Várzea Grande, Maksuês não descarta a possibilidade de ter seu nome novamente à frente nas eleições municipais de 2008.

Correio – Como deputado, quais são os projetos que o senhor pretende desenvolver no município de Várzea Grande?

Maksuês Leite – Existem dois pontos importantes, inclusive, com vitória no parlamento. A primeira será a retomada imediata das obras no Hospital Metropolitano do Cristo Rei. A obra avaliada em 15 milhões, teve início em 2003 e foi paralisada pelo Governo do Estado em 2004. Por meio de um acordo que tive com o governador Blairo Maggi e com o secretário de Saúde, Augustinho Moro, foi garantido que logo após o período chuvoso, provavelmente no início do mês de março, a obra no hospital será retomada. Vamos construir no hospital um pronto-atendimento, maternidade, UTI infantil, que irá beneficiar o atendimento para toda região, e principalmente desafogar o Pronto Socorro Municipal de Várzea Grande. A conclusão da obra está prevista para o mês de maio de 2008. O segundo projeto, será a construção do primeiro Parque Ambiental em Várzea Grande. A cidade, sendo a segunda maior do Estado, precisa de um parque como os atuais já construídos em Cuiabá: Mãe Bonifácia e o Massairo Okamura. Essa construção é um projeto que irá beneficiar muito a população. Pois como não se tem um lugar adequado para caminhar, as pessoas acabam andando pelas ruas, calçadas, correndo riscos de gerar problemas físicos e até mesmo de serem atropeladas. A construção do parque contará com uma área verde de 27 hectares. No lugar serão construídas pistas para caminhadas, pistas ciclísticas, mirante, lagos naturais e uma ampla área de eventos públicos e lazer para os várzea-grandenses. A área está avaliada em R$ 3 milhões, e já está garantida. Ela será doada por um empresário e os recursos para a construção do parque, que são na ordem de R$ 12 milhões, também já estão assegurados junto ao governo do Estado. Mas por ser um valor considerado alto e também por ser tratar de questão ambiental, demanda um pouco de tempo para dar início à obra, por isso acredito que será um projeto para toda a gestão.

Correio - O município de Várzea Grande carece de locais para entretenimento, lazer, como shopping e cinema. E a população acaba se deslocando para Cuiabá. Já existe alguma proposta do senhor sobre essa questão?

Maksuês Leite – Realmente, a população várzea-grandense carece pelo menos de um Shopping Center. Mas o grande problema na minha opinião, é que faltam empresários interessados em investir. Existe uma área localizada no Centro do município, que pertence a um empresário. Ele entrou em contato comigo solicitando parceiros para concluir uma obra e me coloquei à disposição. Como deputado depositei todas as minhas energias em prol da população, para que, pelo menos um shopping seja construído no município. Inclusive, juntamente com os deputados Wallace Guimarães e o Campos Neto, vamos nos reunir com o prefeito Murilo Domingos para tentar salvar Várzea Grande. Isso independe de ideologias e partido. Na verdade, temos a obrigação e o dever de ajudar a cidade e também na administração da prefeitura. Vamos trabalhar com esse objetivo.

Correio – Por mais que Várzea Grande seja chamada de “Cidade Industrial”, na verdade não é bem essa a realidade do município, até mesmo pela falta de atrativos. De que forma o deputado pretende retomar essa área industrial que hoje não existe?

Maksuês Leite – Acredito que Mato Grosso irá voltar a viver o segundo ciclo de desenvolvimento. Primeiro foi o agronegócio, ou seja, soja, arroz e algodão. E nisso, conseguimos plantar muito e vender também. Agora, o segundo ciclo, será agregar valor à economia. É um absurdo, por exemplo, uma soja que sai do município de Lucas do Rio Verde, vai para São Paulo para ser esmagada, vira óleo e retorna para Cuiabá. É inaceitável. Então, com esse segundo clico de desenvolvimento, que visa a economia, quem acaba ganhando são os municípios que estão ao redor. Agora, cabe a nós deputados, em especial o prefeito, conseguir atrair e consolidar nesse momento, essas indústrias em Várzea Grande. Oferecendo incentivos fiscais e condições de trabalho. Como deputado estarei lutando para o melhoramento do comércio e da indústria forte para poder atrair essas empresas.

Correio – E diante dessa situação, qual a avaliação que o senhor faz referente à atual gestão do prefeito Murilo Domingos?

Maksuês Leite – Tenho muito respeito pelo prefeito e não existe nada pessoal contra ele. Agora, quanto à administração, é muito vulnerável. Não existe um rumo, ou melhor, uma rota de gestão. Dá a impressão de que tudo anda solto, sem firmeza, e a qualquer momento pode desabar. Eu costumo sempre dizer que Várzea Grande é um município complicado de administrar. Temos um bolsão populacional intenso, uma espécie de apartheid comercial no aeroporto, o que separa muitas cidades, e ainda tem Cuiabá como prestadora de serviço, a qual perdemos muito para ela. Acredito que é nesse momento que cabe a decisão governamental para segurar o consumidor em Várzea Grande, fazendo com que ele passe até mesmo a dar a importância para a cidade. É necessário ter uma política comercial forte, que aumente a receita do município. Temos que entender que não se consegue uma boa administração, se não houver parcerias. Por isso acho que o prefeito deve ser mais exigente, como, por exemplo, ir a Brasília (DF) e bater nas portas dos Ministérios, gabinetes, na tentativa de conseguir recursos para Várzea Grande. Mas infelizmente isso é algo que não acontece. Além disso, acho que ainda falta um pouco de apoio do Governo do Estado não só em relação ao lazer, mas também nas questões de infra-estrutura, como esgoto, iluminação pública e asfalto. Então, acredito que a administração do Prefeito Murilo Domingos está sem efetivação de gestão.

Correio - O senhor pretende ser um dos nomes a disputar a prefeitura nas próximas eleições municipais?

Maksuês Leite – Agora não é o momento de discutir sobre eleição. Tenho como objetivo aqui na bancada de deputados da Assembléia Legislativa, salvar Várzea Grande. Somente depois, quem estiver em melhores condições, eu, o deputado Campos Neto ou o deputado Wallace, será lançado como candidato para disputar o Paço Couto Magalhães. Acredito que outros nomes também podem disputar, como a esposa do senador Jaime Campos, Lucimar Sacre de Campos, que é um nome forte para concorrência. Mas pretendo tratar desse assunto eleitoral somente em 2008, e não agora no início do mandato. Agora, é um sonho de qualquer várzea-grandense administrar sua cidade natal, isso não se pode negar, e pretendo não precipitar. Só não vou subir no palanque do Murilo Domingos. Como já disse, não é nada pessoal, mas a população anseia por um novo rumo e eu vou seguir o que a população pedir.

Correio – E quanto ao arco de aliança que poderá ser formado em 2008?

Maksuês Leite – Prefiro não discutir esse assunto agora. Como já falei, esse não é o momento.





Fonte: Correio Várzea-Grandense

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