Maksuês Leite admite disputar prefeitura de Várzea Grande em 2008
Correio – Como deputado, quais são os projetos que o senhor pretende desenvolver no município de Várzea Grande?
Maksuês Leite – Existem dois pontos importantes, inclusive, com vitória no parlamento. A primeira será a retomada imediata das obras no Hospital Metropolitano do Cristo Rei. A obra avaliada em 15 milhões, teve início em 2003 e foi paralisada pelo Governo do Estado em 2004. Por meio de um acordo que tive com o governador Blairo Maggi e com o secretário de Saúde, Augustinho Moro, foi garantido que logo após o período chuvoso, provavelmente no início do mês de março, a obra no hospital será retomada. Vamos construir no hospital um pronto-atendimento, maternidade, UTI infantil, que irá beneficiar o atendimento para toda região, e principalmente desafogar o Pronto Socorro Municipal de Várzea Grande. A conclusão da obra está prevista para o mês de maio de 2008. O segundo projeto, será a construção do primeiro Parque Ambiental em Várzea Grande. A cidade, sendo a segunda maior do Estado, precisa de um parque como os atuais já construídos em Cuiabá: Mãe Bonifácia e o Massairo Okamura. Essa construção é um projeto que irá beneficiar muito a população. Pois como não se tem um lugar adequado para caminhar, as pessoas acabam andando pelas ruas, calçadas, correndo riscos de gerar problemas físicos e até mesmo de serem atropeladas. A construção do parque contará com uma área verde de 27 hectares. No lugar serão construídas pistas para caminhadas, pistas ciclísticas, mirante, lagos naturais e uma ampla área de eventos públicos e lazer para os várzea-grandenses. A área está avaliada em R$ 3 milhões, e já está garantida. Ela será doada por um empresário e os recursos para a construção do parque, que são na ordem de R$ 12 milhões, também já estão assegurados junto ao governo do Estado. Mas por ser um valor considerado alto e também por ser tratar de questão ambiental, demanda um pouco de tempo para dar início à obra, por isso acredito que será um projeto para toda a gestão.
Correio - O município de Várzea Grande carece de locais para entretenimento, lazer, como shopping e cinema. E a população acaba se deslocando para Cuiabá. Já existe alguma proposta do senhor sobre essa questão?
Maksuês Leite – Realmente, a população várzea-grandense carece pelo menos de um Shopping Center. Mas o grande problema na minha opinião, é que faltam empresários interessados em investir. Existe uma área localizada no Centro do município, que pertence a um empresário. Ele entrou em contato comigo solicitando parceiros para concluir uma obra e me coloquei à disposição. Como deputado depositei todas as minhas energias em prol da população, para que, pelo menos um shopping seja construído no município. Inclusive, juntamente com os deputados Wallace Guimarães e o Campos Neto, vamos nos reunir com o prefeito Murilo Domingos para tentar salvar Várzea Grande. Isso independe de ideologias e partido. Na verdade, temos a obrigação e o dever de ajudar a cidade e também na administração da prefeitura. Vamos trabalhar com esse objetivo.
Correio – Por mais que Várzea Grande seja chamada de “Cidade Industrial”, na verdade não é bem essa a realidade do município, até mesmo pela falta de atrativos. De que forma o deputado pretende retomar essa área industrial que hoje não existe?
Maksuês Leite – Acredito que Mato Grosso irá voltar a viver o segundo ciclo de desenvolvimento. Primeiro foi o agronegócio, ou seja, soja, arroz e algodão. E nisso, conseguimos plantar muito e vender também. Agora, o segundo ciclo, será agregar valor à economia. É um absurdo, por exemplo, uma soja que sai do município de Lucas do Rio Verde, vai para São Paulo para ser esmagada, vira óleo e retorna para Cuiabá. É inaceitável. Então, com esse segundo clico de desenvolvimento, que visa a economia, quem acaba ganhando são os municípios que estão ao redor. Agora, cabe a nós deputados, em especial o prefeito, conseguir atrair e consolidar nesse momento, essas indústrias em Várzea Grande. Oferecendo incentivos fiscais e condições de trabalho. Como deputado estarei lutando para o melhoramento do comércio e da indústria forte para poder atrair essas empresas.
Correio – E diante dessa situação, qual a avaliação que o senhor faz referente à atual gestão do prefeito Murilo Domingos?
Maksuês Leite – Tenho muito respeito pelo prefeito e não existe nada pessoal contra ele. Agora, quanto à administração, é muito vulnerável. Não existe um rumo, ou melhor, uma rota de gestão. Dá a impressão de que tudo anda solto, sem firmeza, e a qualquer momento pode desabar. Eu costumo sempre dizer que Várzea Grande é um município complicado de administrar. Temos um bolsão populacional intenso, uma espécie de apartheid comercial no aeroporto, o que separa muitas cidades, e ainda tem Cuiabá como prestadora de serviço, a qual perdemos muito para ela. Acredito que é nesse momento que cabe a decisão governamental para segurar o consumidor em Várzea Grande, fazendo com que ele passe até mesmo a dar a importância para a cidade. É necessário ter uma política comercial forte, que aumente a receita do município. Temos que entender que não se consegue uma boa administração, se não houver parcerias. Por isso acho que o prefeito deve ser mais exigente, como, por exemplo, ir a Brasília (DF) e bater nas portas dos Ministérios, gabinetes, na tentativa de conseguir recursos para Várzea Grande. Mas infelizmente isso é algo que não acontece. Além disso, acho que ainda falta um pouco de apoio do Governo do Estado não só em relação ao lazer, mas também nas questões de infra-estrutura, como esgoto, iluminação pública e asfalto. Então, acredito que a administração do Prefeito Murilo Domingos está sem efetivação de gestão.
Correio - O senhor pretende ser um dos nomes a disputar a prefeitura nas próximas eleições municipais?
Maksuês Leite – Agora não é o momento de discutir sobre eleição. Tenho como objetivo aqui na bancada de deputados da Assembléia Legislativa, salvar Várzea Grande. Somente depois, quem estiver em melhores condições, eu, o deputado Campos Neto ou o deputado Wallace, será lançado como candidato para disputar o Paço Couto Magalhães. Acredito que outros nomes também podem disputar, como a esposa do senador Jaime Campos, Lucimar Sacre de Campos, que é um nome forte para concorrência. Mas pretendo tratar desse assunto eleitoral somente em 2008, e não agora no início do mandato. Agora, é um sonho de qualquer várzea-grandense administrar sua cidade natal, isso não se pode negar, e pretendo não precipitar. Só não vou subir no palanque do Murilo Domingos. Como já disse, não é nada pessoal, mas a população anseia por um novo rumo e eu vou seguir o que a população pedir.
Correio – E quanto ao arco de aliança que poderá ser formado em 2008?
Maksuês Leite – Prefiro não discutir esse assunto agora. Como já falei, esse não é o momento.
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