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Politica Brasil
Sexta - 16 de Fevereiro de 2007 às 09:02
Por: Marcos Lemos

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O governador Blairo Maggi, que se filia na primeira semana de março ao Partido da República (PR), teve seu nome cogitado para ocupar o Ministério da Agricultura. Na última quarta-feira, 14, o chefe do Poder Executivo esteve no Palácio do Planalto e iria participar da solenidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente boliviano Evo Morales, já que Mato Grosso tem interesse nas relações comerciais com o vizinho país da América do Sul, mas acabou se reunindo apenas com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef.

Maggi foi o único governador que não apoiava a candidatura petista no primeiro turno das eleições presidenciais e que no segundo turno passou a defendê-la, inclusive sendo hostilizado pela classe de produtores e empresários ligados ao agronegócio. Este apoio valeu a Maggi uma aproximação com o mandatário número um da Nação e passou a ter um dos mais próximos e prósperos relacionamentos político e administrativo de tal forma, que o governador que deixou o PPS só migrou para o PR depois da aprovação do presidente da República.

A intenção do presidente Lula em ter Maggi como seu ministro seria a de recuperar e construir uma nova relação com o setor produtivo, que é responsável por 34% das exportações e do superávit da Balança Comercial, além de movimentar grande parte da mão de obra primária. Lula se distanciou de forma tão acentuada dos produtores e pecuaristas, que nos Estados essencialmente agrícola ele acabou derrotado pelo tucano Geraldo Alckmin no primeiro e segundo turnos.

O encontro de Blairo Maggi com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, foi confirmado pelo secretário José Carlos Dias, mas o assunto relativo à sondagem pelo qual teria passado seu nome para o Ministério da Agricultura, não. Dias não confirmou nem desmentiu, apenas se limitou a dizer que o chefe do Poder Executivo estadual avançou muito em conversas importantes e fundamentais para Mato Grosso.

“Não ouvi nenhum relato neste sentido, apenas de assuntos administrativos e financeiros de interesse do Estado”, frisou José Carlos Dias.

Os encontros entre o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e Blairo Maggi, além de audiências com ministros de Estado, se tornaram uma rotina na vida do governador após a reeleição presidencial. Nos quatro primeiros anos de gestão 2003-2006, Maggi esteve bem menos vezes em Brasília do que nos últimos 90 dias. Inclusive o próprio presidente que havia, em quase quatro anos de mandato estado apenas uma vez em Mato Grosso e por poucas horas, veio novamente e passou praticamente dois dias e chegou a pernoitar na propriedade do governador no município de Sapezal, onde discutiu política e inaugurou obras.

“O governador de Mato Grosso, nos últimos meses, vem com freqüência a Brasília e tem mantido encontros extra-agenda com o presidente e com vários ministros”, disse uma fonte da Capital Federal, convicto de que as possibilidades de Maggi participar diretamente ou indiretamente do governo federal são muito maiores do que esteja transparecendo.





Fonte: Diário de Cuiabá

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