Rondonópolis: Oposição quer passe livre; prefeito vê demagogia
De acordo com a proposta, o passe livre deve abranger o transporte coletivo convencional (ônibus) ou alternativo (lotação, microônibus) e prevê a garantia do benefício para todos os estudantes das redes públicas e privadas nos três níveis (fundamental, médio e superior). Os dois vereadores propõem que sejam beneficiadas também as pessoas matriculadas em cursos supletivos, pré-vestibulares, institutos e escolas profissionalizantes, e também seminários teológicos (religiosos). Fulô e Bertoni destacam que o passe livre vai ajudar estudantes de baixa renda.
Reação
O prefeito Adilton Sachetti disse que, pessoalmente, é contra o projeto. Alega que 'não pode permitir a isenção da tarifa porque alguém vai ter que pagar a conta'. "Isso é pura demagogia. Quem vai ter que pagar a conta depois vai ser o mais humilde. De algum lugar o dinheiro tem de vir", enfatizou Sachetti, que, com seu estilo empresarial, comanda a cidade-pólo da região sul com austeridade nunca vista no poder público local.
Num recado direto aos vereadores Fulô e Bertoni, autores do projeto do passe livre, o prefeito afirma que 'é preciso ter a responsabilidade e não agir com demagogia, pensando no voto'. Segundo Sachetti, a Prefeitura de Rondonópolis já concede 30% de isenção a usuários do transporte coletivo. "Aqui padre, bispo, pastor, policial, aposentado e líder comunitário já andam de graça no transporte coletivo".
Adilton Sachetti menciona o drama vivido pelo prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, que destina parte das receitas para bancar o passe livre, instituído na administração do antecessor Roberto França. "Não podemos cometer o erro de Cuiabá. Dá dó ver o Wilson Santos", comentou o prefeito, numa referência à batalha incansável de Santos de cobrar ajuda do Estado e da União para ajudar o município a custear as despesas, já que a maioria dos estudantes que usufruem do passe livre está matriculada na rede estadual, além de um número consideráel de universitários.
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