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Politica Brasil
Sexta - 16 de Fevereiro de 2007 às 07:37

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O delegado Diógenes Curado Filho informou nesta quinta-feira que vai ouvir novamente o empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin, apontado como um dos chefes da máfia das ambulâncias, nos 72 inquéritos que apuram o envolvimento de ex-chefes e servidores de poderes executivos municipais de Mato Grosso com a máfia das ambulâncias. O grupo inclui pessoas que eram prefeitos na época em que os crimes foram cometidos, além de funcionários das comissões de licitação que trabalhavam em municípios onde ocorreram as fraudes.

Em outra etapa, segundo explicou Curado Filho ao Olhar Direto, a Polícia Federal vai tomar os depoimentos dos ex-prefeitos e demais envolvidos com o esquema antes de indiciá-los. Articulados com os parlamentares sanguessugas, os prefeitos colaboravam com a fraude nas licitações para a compra de unidades móveis de saúde e equipamentos hospitalares.

O delegado deverá ainda, antes de iniciar a primeira etapa, requisitar informações à força-tarefa, da própria PF, responsável por inquéritos abertos pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, uma vez que alguns políticos já foram indiciados, como é o caso do ex-prefeito de Jaciara, Valdizete Nogueira (PPS), que deve responder pelos crimes de fraude em licitação, sobrepreço e corrupção.

O indiciamento do grupo foi solicitado ontem pelo Ministério Público Federal à PF, em Cuiabá. O prazo para conclusão dos inquéritos, instaurados em 2004 e 2005, é de 90 dias. No ano passado, Luiz Antonio Trevisan Vedoin já confirmou que os prefeitos atuavam no direcionamento do resultado de licitações para favorecer as empresas da família Vedoin.

Em depoimento no mês de novembro, Vedoin disse que “não tinha tanto controle em nível municipal mas incumbia terceiros para atuarem junto às prefeituras”. Ele chegou a minimizar a participação dos prefeitos e ex-prefeitos dizendo que a maioria deles não teria recebido propina. A estimativa é que mais de R$ 100 milhões foram desviados dos cofres públicos.

A Operação Sanguessuga vai completar um ano em 4 de maio. De Mato Grosso, a PF já indiciou os ex-deputados federais Ricarte de Freitas (PTB), Lino Rossi (PP), Celcita Pinheiro (PFL) e Tetê Bezerra (PMDB) por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e corrupção passiva. No total de parlamentares, entre reeleitos ou não, 33 foram indiciados.





Fonte: Olhar Direto

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