Sem tucanos, Rabello não apresenta requerimento para CPI da MT Fomento
Líder do PSDB na AL, o ex-vereador Guilherme Maluf (foto) retirou ontem, em pronunciamento oral, a própria assinatura e a da deputada Chica Nunes. Sem êxito, Rabello tentou convencê-los na sessão de hoje, a última antes do Carnaval, a confirmar as assinaturas. Chica Nunes chegou atrasada ao plenário e Maluf saiu antes da metade da sessão.
Segundo Rabello, seis deputados mantiveram as assinaturas: seus correligionários José Carlos do Pátio e Adalto de Freitas, Percival Muniz (PPS), os pefelistas Gilmar Fabris e Humberto Bosaipo, além dele próprio. A reportagem não conseguiu localizar o deputado Guilherme Maluf.
Líderes partidários devem se reunir nos próximos dias com o governador Blairo Maggi. O presidente da MT Fomento, Éder Moraes, encaminhou ofício à AL se comprometendo a comparecer na sessão do dia 28 para responder aos questionamentos dos deputados sobre as supostas irregularidades.
Ontem, Rabello informou que o deputado reeleito José Riva (PP) também assinaria o documento, o que não ocorreu. "Não sou contra a abertura de CPI, pois a própria Casa (AL) passa por um processo de investigação. De qualquer forma, vou esperar, pois o governador e o Éder precisam ser ouvidos. Indícios não bastam", afirmou Riva.
Oposição – O impasse acerca da possível instalação da CPI já é interpretado como a falta de oposição ao governo Maggi. “Estão tentando segurar (a CPI), pois caso se instale uma, ficará difícil segurar outras. Além disso, não há necessidade de CPI. Estamos apenas no começo do governo”, disse um deputado novato, integrante da Mesa Diretora da AL.
Em outubro de 2005, a Assembléia instalou uma Comissão Especial de Inquérito – publicada no Diário Oficial do dia 29 – para averiguar, também, supostas irrregularidades na MT Fomento. Na época, o então deputado Carlos Carlão Nascimento (PSDB) disse ter recebido denúncias de irregularidades em empréstimo de R$ 1,2 milhão feito pela agência à empresa Cássio Car.
Conforme as denúncias, parte dos recursos teria sido desviada para um hotel em Barão de Melgaço. Carlão chegou a lembrar que Éder Moraes alegou o sigilo financeiro da autarquia para, consequentemente, não prestar informações sobre os empréstimos.
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