Presidente da AL "namora" o PFL

Depois de ter anunciado que iria acompanhar o governador Blairo Maggi e se filiar ao Partido da República, o presidente da Assembléia, deputado Sérgio Ricardo, tem hoje apenas uma certeza: vai se desfiliar do PPS. "Ainda não defini em qual partido vou me filiar", afirmou a vários interlocutores. "Preciso conversar com o governador para tomar a decisão".

A sua indefinição é em razão dos convites que recebeu de outros partidos como do PFL e do PMDB. Ele está avaliando, junto com seu grupo político, a melhor opção partidária e não descarta o seu retorno ao PFL, de onde saiu para aderir ao PPS, na época comandada pelo grupo de Maggi.

O assédio a Sérgio Ricardo cresceu após ter se elegido para comandar o Legislativo de MT. Com maior visibilidade e poder político, ele vem sendo "paparicado" pelos partidos. O maior problema é que Maggi tem como certa a sua adesão ao PR. Na contabilidade do chefe do executivo estadual, além de Sérgio Ricardo, irão ingressar, junto com ele no PR, os deputados Sebastião Rezende e João Malheiros, futuro secretário chefe da Casa Civil. Para não melindrar Maggi, Sérgio Ricardo vem adiando a sua decisão e, de acordo com um parlamentar, a sua intenção é voltar para o PFL e reavaliar o seu projeto político.

Segundo informações, o presidente da Assembléia está analisando a sua posição de não disputar a Prefeitura de Cuiabá nas eleições de 2008. Os seus principais assessores são a favor dele tentar novamente o Palácio Alencastro e, por isso, Sérgio Ricardo deverá se filiar a agremiação que oferecer melhor espaço para desenvolver esse projeto político.

E, nessa ótica, o PFL poderá oportunizar a ele disputar a Prefeitura de Cuiabá, a mesma facilidade não teria no PPS, onde existem vários pré-candidatos a sucessão do prefeito Wilson Santos (PSDB), entre eles, o presidente da MT Fomento, Éder Moraes. Oficialmente, Sérgio Ricardo descarta, não mais enfaticamente, o seu desejo de um dia ser prefeito de Cuiabá e tergiversa quando fala de adesão ao PR.

Ele tem reafirmado a sua disposição de deixar o PPS junto com o grupo de Maggi, mas adverte que o seu destino partidário pode não ser o mesmo do governador mato-grossense. Sérgio Ricardo deixa claro, nas entrelinhas, que irá escolher a legenda onde poderá ter condições de desenvolver o seu projeto político, ao dizer que a sua decisão será por aquele que oferecer melhor espaço.