Da Silva deve continuar preso, diz MP

O ex-vereador e ex-deputado estadual Francisco da Silva Leite deve permanecer preso por tempo indeterminado. No parecer encaminhado ontem à Justiça Federal, em Cáceres, o procurador da República no município, Vicente Mandetta, se manifestou contrário ao pedido de liberdade provisória feito pelo advogado de defesa Everaldo Batista Filgueira. No parecer, o procurador observa que não há nos autos qualquer documento que comprove que Da Silva possui uma ocupação lícita. Pelo contrário: "na verdade existem fortes indícios de que o requerente (Da Silva) se sustentava com recursos oriundos de atividades delituosas", descreve.

O procurador observa ainda que Da Silva tem uma extensa lista de antecedentes criminais que comprova seu envolvimento em diversos crimes. "Pela simples análise dos autos, observa-se que o requerente é contumaz na prática de delitos, não podendo ser posto em liberdade, de forma a colocar em risco o meio social", assinala o procurador. O parecer foi emitido pelo procurador da República, através de solicitação do juiz federal da comarca, Paulo César Alves Sodré, em atendimento a pedido de liberdade provisória requisitado pela defesa do grupo. Da Silva foi preso pela PF há uma semana por falsificação de selo público, usurpação de função pública e formação de quadrilha.

A prisão em flagrante aconteceu no dia 8 na sua residência no bairro Vila Mariana, usada como delegacia da Associação Mato-grossense de Defesa do Direito Autoral. Da Silva se auto-intitulava delegado federal da associação. Além dele, foram presos o filho Cleyton Weber Leite, o cunhado Alexon Ramon Cardoso da Silva e ainda Dirceu Nunes, Eleziel Beijamin da Silva Leite e André Minnetti de Jesus.