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Cultura
Quinta - 15 de Fevereiro de 2007 às 07:44

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Um dos principais nomes da poesia mato-grossense e membro do seminal Caximir, Antônio Sodré conseguirá por em prática um antigo sonho. O de desenvolver atividades nas escolas utilizando a arte de escrever em verso. Isso será possível graças ao projeto Poesianecessária, lançado esta semana e que será realizado pelo poeta e contará com produção executiva de Viviene Lozi, da MO Arte Mídia.

Para Sodré, a poesia poderia ser mais utilizada em sala de aula no Brasil, um país que tem uma das melhores produções da poesia atual, salienta. Ele destaca que serão trabalhados grupos específicos, como os Modernistas, responsáveis pela inigualável agitação cultural da década de 1920, e os poetas contemporâneos mato-grossenses, como Manoel de Barros, Lucinda Persona e Luciene Carvalho, entre outros.

O projeto tem a finalidade de divulgar a poesia em duas escolas da rede estadual de ensino, em Cuiabá, para oferecer mais subsídios ao trabalho com a literatura no Ensino Médio. Deste modo, a iniciativa busca aprofundar o conhecimento do assunto por parte dos alunos e dos professores de literatura. Na primeira edição, o Poesianecessária atenderá um total de 40 alunos, 20 em cada uma das escolas escolhidas.

O projeto terá apostilas com conteúdo elucidativo, oficinas de interpretação de texto (poesia falada) e oficina de criação literária. O resultado final da proposta, depois de repassado todo o conhecimento necessário, será a publicação de um livreto de 40 páginas relativo à produção poética dos alunos envolvidos -um poema de cada. Também se considera a possibilidade da divulgação de alguns trabalhos (mais destacados) em jornais de circulação no Estado.

Além de Antônio Sodré, vão participar do curso, como professores, o ator Eduardo Espíndola, trabalhando a fusão de poesia com teatro, e o cronista e mestre em literatura brasileira Marinaldo Custódio, que trabalhará dinâmicas de poesia relacionadas a jornal e a todo o universo da comunicação contemporânea. Além disso, haverá aulas destinadas especificamente a estimular a leitura que, como se sabe, é condição das mais importantes para levar alguém a produzir bons textos e criar literatura.

Para Sodré, além da falta do estímulo à leitura de poesia, há ainda outros fatores que concorrem para desviar a atenção do jovem e da criança, como as novidades tecnológicas. O que precisa ser feito, sugere, reiterando que o projeto também prevê isso, é se aliar aos produtos dos novos tempos. Fazer com que a poesia seja interligada à internet, por exemplo. Sodré acredita inclusive que se pode aproveitar para trabalhar esse gênero literário junto com músicas de destaque nos dias de hoje, como o rap. Ele (o rap) nada mais é do que ritmo e poesia, lembra. (LFV com assessoria)





Fonte: A Gazeta

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