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Politica Brasil
Terça - 13 de Fevereiro de 2007 às 23:42

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Das 48 pessoas que ficaram detidas aqui em Cuiabá por conta do envolvimento com a chamada máfia dos sanguessugas, nenhuma permanece atrás das grades.

As prisões ocorreram no dia 4 de maio do ano passado, oito meses atrás. A quadrilha arrecadava dinheiro a partir de fraudes em licitações para a compra de ambulâncias, pelas prefeituras, a partir de emendas propostas por deputados federais e senadores.

Investigadores do caso, policiais federais e membros do Ministério Público Federais, calculam que a trama possibilitou a aquisição de mil ambulâncias por parte das prefeituras, uma soma de algo em torno de R$ 110 milhões. Além de todos os envolvimentos estarem em liberdade, nenhum centavo foi devolvido.

Todo o esquema funcionava a partir da Planam, uma empresa instalada em Cuiabá, tocada por Darci e Luiz Vedoim, pai e filho. Luiz hoje cursa Direito em uma faculdade de Cuiabá. Ele e o pai seriam os chefes da quadrilha.

Os sanguessugas estavam espalhados por todo o Brasil: além de Mato Grosso, foram capturados envolvidos que moram no Acre, Paraná, Goiás, Distrito Federal, Amapá e Minas Gerais.

Uma das participantes do esquema, Maria da Penha, que mora em Cuiabá, disse logo que fora presa, que ao menos 280 congressistas estariam na lista da Planam, a empresa que pagava a propina pelas emendas propostas pelos parlamentares.

A informação não seguiu adiante e, embora algo em torno de 25 parlamentares tenham sido citados nas investigações, apenas uma meia dúzia deles foi indiciada pela Polícia Federal.

Nomes de parlamentares surgiram na investigação da Polícia Federal a partir de escutas telefônicas feitas com autorização judicial. Deputados e senadores também apareceram como credores na contabilidade da Planan.

Ao todo, o Ministério Público Federal denunciou 53 pessoas, entre os quais figuram assessores de parlamentares, ex-parlamentares e os donos da Planam. Eles respondem por crimes contra a ordem tributária, formação de quadrilha, fraude em licitação e corrupção ativa e passiva.





Fonte: Midia News

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