Carlos Bezerra diz que indicação do PMDB para a Seduc 'é fofoca'
Visivelmente desconfortável em falar sobre o governo Maggi, Bezerra afirmou que desde a posse em janeiro não foi procurado por ninguém do Executivo para tratar de composição. Ontem, ele e o vice-governador, Silval Barbosa (PMDB), se reuniram, mas Bezerra garante que não se falou sobre a Seduc. “Não se tratou deste assunto. Até porque não tem nada para se conversar sobre o governo. Não fomos procurados se formos iremos conversar”.
O cargo na Seduc deverá ficar vago com a nomeação, prevista para o mês que vem, do titular Luiz Antônio Pagot à direção nacional do Dnit (Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transporte). Ontem, Maggi tratou do assunto como 'especulação'.
O não encaixe do PMDB no staff do governo tem criado um desconforto a algumas lideranças do partido. Bezerra ao ser perguntado o que achava do fato do governador não ter convidado o partido para ocupar cargos no primeiro escalão respondeu irritado: “Você tem que perguntar isso para o governador. Ele é que sabe sobre o governo dele”.
O PMDB ajudou a reeleição de Maggi e compôs a chapa com o vice Silval Barbosa. O governador convidou Silval para ocupar a Casa Civil – que foi recusada, mas deixou claro que a escolha era de caráter pessoal e não partidária.
Na AL, essa distância já provocou um racha na sigla. O deputado estadual, Juarez Costa, de base eleitoral em Sinop, aceitou ser vice-líder do governo, proposta rechaçada por Bezerra. Hoje ele afirmou que ainda não conversou com o parlamentar que ameaça até deixar o partido caso seja impedido de assumir o posto no Legislativo. “Houve uma reunião da Executiva de que ninguém tomaria posição independente. Esse fato não foi comunicado a direção. Vou conversar com o Juarez, mas ainda não falei”.
Comentários