Sérgio não desiste da direção do PR e deve provocar racha

A possibilidade do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Ricardo (PPS), assumir a presidência do Partido da República em Cuiabá poderá fazer com que a agremiação não tenha nenhum vereador na capital mato-grossense, apesar do PPS ter três no legislativo cuiabano. Essa possibilidade ficou evidente durante uma viagem, na semana passada, de Brasília para Cuiabá, quando o vereador Francisco Vuolo confessou ao prefeito de Rosário Oeste, Zeno Gonçalves, um dos principais membros da Turma da Botina que não iria se filiar na legenda se não ficasse com a presidência do partido na capital.

Na hipótese de Vuolo confirmar a sua posição com a escolha de Sérgio Ricardo para comandar o PR, a agremiação ficaria sem representante porque o vereador Helny de Paulo, que hoje é presidente do MTGás, está propenso a se filiar no PMDB para apoiar o deputado Walter Rabello na disputa pela Prefeitura da Capital em 2008. Por sua vez, o vereador Ivan Evangelista anunciou que irá permanecer no PPS.

A alternativa é convencer o presidente da Câmara, Lutero Ponce (sem partido), a ingressar no PR. Mas ele já avisou que vai decidir a sua posição partidária somente em julho. Não será, portanto, surpresa se Blairo Maggi se filiar, no próximo dia 02 de março, sem a companhia de nenhum vereador de Cuiabá, principal reduto eleitoral do Estado.

Mapeamento - O mapeamento feito a pedido do governador Blairo Maggi, futuro presidente regional do PR, mostra que a agremiação possui hoje 9 prefeitos e 93 vereadores, além do deputado federal Wellington Fagundes. Já o PPS, ex-partido do chefe do executivo estadual, tem 44 prefeitos e 239 vereadores.

"A nossa meta é de ter, no mínimo, 50 prefeitos e 332 vereadores em MT, após a filiação do grupo de Maggi", destacou um dos organizadores do PR no Estado. De acordo com Wellington Fagundes, o partido vem sendo procurado por prefeitos e vereadores de outras legendas interessados em aderir junto com Blairo Maggi. "Não tenho dúvida que o PR será, após a filiação do governador, o maior partido de MT".