Restauração da ponte de ferro do Coxipó está na fase final
Com investimento de R$ 350 mil, o projeto de recuperação do símbolo da comunidade coxiponense faz parte do Programa Estadual de Recuperação e Revitalização do Patrimônio Histórico de Mato Grosso, coordenado pela Secretaria de Estado de Cultura (SEC).
O engenheiro responsável pela restauração, Guilherme Lomba, explicou que a ponte passou por vários processos de recuperação e procurou manter o máximo de suas características originais, refazendo as peças necessárias e conservando a maior parte dos materiais.
Primeiro foi realizada uma avaliação do material retirado do Rio Coxipó e da margem para depois realizar a seleção de componentes e nós passíveis de recuperação. Depois foi feita a pré-montagem das seções parciais da ponte, o desempeno das peças aproveitáveis, a substituição das peças comprometidas e o realinhamento do gabarito.
Agora a restauração está numa das fases finais. Estão sendo realizados o jateamento (jato de areia para detectar as imperfeições) e reavaliação das seções jateadas para que dê início a soldagem, desempeno, lixamento de acabamento para poder pintar a ponte. Por último, serão feitos o transporte e a montagem da ponte no local determinado.
O secretário de Estado de Cultura, João Carlos Vicente Ferreira, acredita que a restauração da ponte é o resgate da História de toda uma comunidade e que a população da região do Coxipó será beneficiada, principalmente com o fomento do turismo e o aumento do comércio. “A ponte já faz parte da história do povo e a restauração da ponte é mais uma conquista da Cultura que ajudará todos os outros setores”, explicou.
HISTÓRIA
A construção da Ponte de Ferro foi iniciada em 8 de março de 1869, no governo de Antônio Corrêa da Costa e concluída em 20 de junho de 1896. A estrutura metálica foi toda importada da França e o projeto da ponte obedecia ao mesmo sistema da Torre Eiffel.
A ponte foi a primeira da capital do Estado. Sua construção representou um marco nas relações comerciais de Mato Grosso, viabilizando a penetração de capitais, mercadorias, técnicos e imigrantes europeus. Em 1995, ela foi destruída por uma enchente e, desde então, a população cuiabana, em especial a do distrito do Coxipó, ficou sem um dos símbolos de sua história.
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