Discreto, Tarso ignora críticas e diz que vai colaborar
"Até porque o debate que estamos fazendo não é fulanizado, não é um debate entre indivíduos nem para resgatar questões relacionadas com pessoas." No lançamento do documento Mensagem ao Partido, no Hotel Bahia Othon, onde o PT reuniu seu diretório nacional para lançar o 3º Congresso Nacional, Tarso assumiu postura discreta.
O texto continha inicialmente fortes críticas - depois suavizadas - à direção que teria levado o partido ao mensalão, identificada com o ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu. Tarso não foi chamado para compor a mesa diretora dos trabalhos, não discursou e se recusou a compor a comissão que vai elaborar a tese do grupo - que tem o apoio dos governadores Wellington Dias (Piauí), Marcelo Déda (Sergipe) e Ana Júlia Carepa (PA) e de vários grupos, como a corrente Democracia Socialista.
"Vou ficar fora, vou só colaborar", disse Tarso. Petistas das alas que lançaram a Mensagem ao Partido reagiram mal ao discurso em que o presidente Lula pediu o fim do confronto de tendências no partido. Uma das mais críticas foi a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, para quem o presidente foi "infeliz" em algumas passagens. "Sinceramente, acho que Lula já fez muitos discursos melhores do que aquele", disse Ana Júlia, em tom irônico.
"Respeito, não deixo de ser uma militante lulista, mas acho que não foi o mais adequado para o momento", criticou. "Obstaculizar o debate interno não é a melhor proposta no momento em que o PT se prepara para seu 3º Congresso e acho que neste momento aqui, que reuniu lideranças de forças políticas distintas, as pessoas querem debater o PT, querem o PT mais plural, querem ter orgulho de dizer: eu sou PT."
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