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Politica Brasil
Segunda - 12 de Fevereiro de 2007 às 09:50

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O PT ignorou o apelo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo fim do fogo amigo. Depois de um dia de reunião, o Diretório Nacional petista aprovou resolução política em que cobra "enfaticamente" a redução das taxas de juros, critica o conservadorismo da política monetária, pede a formação de uma equipe econômica "alinhada" com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e sugere que deseja ocupar ministérios considerados estratégicos, como o das Comunicações, pasta hoje destinada ao PMDB.

"De antemão, registramos que a orientação pró-crescimento, contida neste plano (PAC), depende em boa medida da política monetária", afirma o documento. "Entendemos que há condições para acelerar a redução da taxa de juros e criticamos enfaticamente o conservadorismo da mais recente decisão do Copom", diz o texto, numa referência à última reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), que reduziu a taxa de juros em apenas 0,25 ponto porcentual - parte do mercado aguardava queda de 0,5 ponto porcentual.

A resolução fechada pelo partido passou pelo crivo do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que se reuniu na semana passada com o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP). A chamada ala desenvolvimentista do governo aprovou as críticas ao Banco Central.

Mesmo sem citar nominalmente o presidente do BC, Henrique Meirelles, a cúpula petista partiu para o ataque. Um dos trechos da resolução destaca que, para evitar a inflação, o BC mantém um "patamar elevadíssimo da taxa de juros, que ainda se situa entre os mais altos do mundo". Ao bombardear a política monetária, o PT observa que "na leitura do Copom" os investimentos previstos no PAC constituem aumento dos gastos públicos e destaca a importância de um crescimento não inferior a 5% por ano.

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que a expectativa é de crescimento de 4,5% neste ano e de 5% nos três anos seguintes. No jantar de comemoração de 27 anos do PT, que varou a madrugada, Lula pediu ao PT que pusesse um ponto final na disputa interna e que admitisse o sucesso da política econômica. "Perguntem aos economistas que assessoram o PT em que momento da história nós vivemos um momento igual a esses. Perguntem, indaguem!", conclamou. O pito não adiantou. O Diretório Nacional do PT argumenta que para a formação do segundo governo Lula é fundamental a constituição de uma equipe econômica "que esteja afinada com os objetivos defendidos durante a campanha eleitoral, especialmente no segundo turno".





Fonte: AE

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