Governadores petistas querem canal privilegiado com Planalto
"É melhor negociar com um amigo do que com um adversário", resumiu o governador da Bahia, Jaques Wagner, após encontro no Palácio de Ondina, sede do governo baiano, com os colegas Ana Júlia Carepa (Pará), Wellington Dias (Piauí), Binho Marques (Acre) e Marcelo Déda (Sergipe) e com o ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro. Depois do encontro, houve um almoço que também teve a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que voltava de uma viagem ao interior, do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA).
"Trata-se de criar uma instância onde os governadores do PT possam colocar suas demandas", disse Wagner. Segundo ele, o problema não é o PAC, porque nenhum governo estadual, de situação ou de oposição, tem condição de se opor a ele. "O problema dos governadores, todos, não só os do PT, é que no segundo semestre têm que ser prorrogadas a CPMF e a DRU. Nessa hora, os governadores vão querer saber qual é a parte que lhes cabe nesse latifúndio", disse.
"Como sou parte do PT, tenho interesse no sucesso do novo governo e no sucesso do governo federal." Já Dias lembrou que o PAC será o primeiro ponto da pauta da reunião dos governadores com Lula em 6 de março, mas afirmou que os petistas não entraram no mérito na pauta dos Estados na conversa com o presidente. Segundo o governador do Piauí, Lula admitiu que poderá mudar o programa, mas a partir de negociações com os Estados. "O presidente apenas manifestou que, se tiver dificuldade em alguma área, qualquer mudança ele pretende fazer dialogando com os Estados", explicou Wellington Dias.
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