Governo controla órgãos na Câmara

Com as negociações entre os partidos para distribuir as comissões da Câmara, o governo conseguiu garantir o controle de seus principais órgãos permanentes de investigação. A Corregedoria, que tem o poder de decidir sobre a abertura ou não de processos contra parlamentares, ficou a cargo de Inocêncio Oliveira (PR-PE), segundo vice-presidente da Casa e aliado do Planalto. E o PT negociou com o PMDB o comando do Conselho de Ética, no qual tramitam os processos por quebra de decoro, pelos próximos dois anos.

Estão cotados para presidi-lo os petistas José Eduardo Martins Cardozo (SP) e Jorge Bittar (RJ). Na negociação, o PT abriu mão de indicar o futuro procurador e o ouvidor-geral - que ficarão com PMDB e PSDB - para comandar o conselho. "Na reunião que escolheu o líder da bancada do PT na Câmara houve um entendimento preliminar para que eu fosse presidente do Conselho de Ética", contou Cardozo.

"Na época, não senti nenhum veto a meu nome. Mas cabe à bancada do PT decidir quem será o escolhido." Bittar passou a ser um dos cotados depois que o PT deixou para o PSDB a Comissão de Ciência e Tecnologia, que ele iria presidir. "Bittar acabou sendo sacrificado quando demos essa comissão para os tucanos", alegou o deputado Maurício Rands (PT-PE).

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