Ságuas leva de vez o PT para a base de Maggi
Ságuas e Brunetto formam agora a dupla petista que Maggi queria. Ambos dispensaram indicações de cargos. São ponderados, primam pelo diálogo em detrimento do conflito e não seguem à risca a orientação da presidente regional Serys, inconformada em ver o seu partido na base aliada. Serys só não propõe ruptura para não contrariar o presidente Lula, que passou a ter o governador como um de seus principais parceiros e até o consulta constantemente.
Para não perder a direção do PT em Mato Grosso, Serys teve de recuar. No ano passado, ela obteve uma votação decepcionante para o governo estadual e, para agravar ainda mais sua situação política, quase perdeu o mandato devido à acusação de suposta ligação com a máfia dos sanguessugas. Por fim, foi inocentada pelo Conselho de Ética. Serys busca recuperar sua imagem. Prefere não inteferir na posição governista da bancada na Assembléia por não contar com apoio da cúpula nacional para isso. Em outras épocas, a direção do PT não deixaria impune, por exemplo, um deputado como Brunetto que não só votou na chapa Sérgio Ricardo-José Riva para a Mesa Diretora como a integrou. Hoje ele é o quarto-secretário. Nesse caso, Ságuas preferiu votar em branco, posição que os petistas vinham tomando nas últimas eleições da Mesa em defesa da renovação.
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