Prefeitura mineira adota políticas para evitar efeitos negativos de empreendimento

A maioria da população do município de Ouro Branco, próximo a Belo Horizonte, ficou satisfeita com o financiamento de R$ 345 milhões que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concedeu à empresa Gerdau Açominas para expansão de sua planta na cidade. "A expansão é positiva para o município no tocante à geração de empregos”, avalia o chefe-de-gabinete da prefeitura de Ouro Branco, Paulo Roberto Araújo Oliveira. O projeto da Gerdau entrará em produção no segundo trimestre deste ano e aumentará a produção dos atuais três milhões para 4,5 milhões de toneladas. Segundo a empresa, a a expansão vai gerar 190 novos empregos diretos.

Mas o investimento, segudo Oliveira, também gera preocupação. "O governo, segundo afirmou, está sempre tomando precauções”. A prefeitura está fazendo planejamento para evitar o crescimento desordenado do município em torno da fábrica. "Para não correr solta a questão da expansão porque mexe muito com toda a economia da cidade", afirma.

Com esse objetivo, a cidade já elaborou seu Plano Diretor, que está tramitando no momento na Câmara Municipal e, segundo manifestou Araújo Oliveira, já serve até como modelo para planos de outras cidades mineiras e do país. O planejamento de Ouro Branco para os próximos 20 anos foi discutido com toda a comunidade de forma participativa.

O município de Ouro Branco possui cerca de 33 mil habitantes, de acordo com os últimos dados disponíveis. A grande preocupação do governo local é reduzir o nível de desemprego, estimado em torno de 10% da população. A luta que vem sendo desenvolvida pela prefeitura visa impedir a ociosidade e capacitar os cidadãos para atividades profissionalizantes, revelou o chefe-de-gabinete. Um dos principais focos da gestão do padre Rogério Pereira objetiva acabar com a idéia do assistencialismo que vigia na região no passado, através da implantação de políticas públicas de assistência social e de geração de renda.