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Internacional
Domingo - 11 de Fevereiro de 2007 às 14:48

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O presidente colombiano Álvaro Uribe disse neste sábado à guerrilha marxista das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) que só aceitará um acordo "razoável" de troca de seqüestrados por rebeldes presos, e insistiu na possibilidade do resgate militar dos reféns.

"Não podemos pensar apenas no acordo humanitário, mas também na possibilidade de resgate através das instituições armadas da Nação. O importante é libertá-los", declarou Uribe. "Se pudermos fazer um acordo humanitário razoável [para a troca], o governo está pronto", acrescentou.

"Que estes senhores das Farc não nos enganem mais", advertiu o presidente, lembrando que delegados dos governos da Espanha, França e Suíça, junto com uma pessoa não identificada, contam com a autorização de seu governo para buscar uma aproximação com o grupo guerrilheiro.

"O que nos preocupa é que as Farc muitas vezes disseram a esses países europeus que estão prontas para o acordo humanitário e na verdade estão mentindo", acrescentou Uribe, assegurando que seu governo "fez todos os esforços pela troca humanitária".

As Farc, a principal e militarmente mais poderosa das guerrilhas que combatem no país, propuseram o intercâmbio de 57 de seus reféns por cerca de 500 rebeldes presos.

Nesse grupo de seqüestrados, estão a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt (que também tem nacionalidade francesa), três americanos e dezenas de políticos, policiais e militares, vários deles prestes a completar dez anos com o grupo guerrilheiro.

As Farc insistem que, para negociar a troca, Uribe tem de ordenar primeiro a desmilitarização de dois municípios do sudoeste do país, o que o presidente não aceita. Uribe propõe a desmilitarização de uma área mais reduzida e exige que os rebeldes libertados não voltem para as fileiras de combatentes das Farc, o que as Farc não aceitam.





Fonte: France Presse

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