Presidente colombiano só aceitará acordo "razoável" com as Farc
"Não podemos pensar apenas no acordo humanitário, mas também na possibilidade de resgate através das instituições armadas da Nação. O importante é libertá-los", declarou Uribe. "Se pudermos fazer um acordo humanitário razoável [para a troca], o governo está pronto", acrescentou.
"Que estes senhores das Farc não nos enganem mais", advertiu o presidente, lembrando que delegados dos governos da Espanha, França e Suíça, junto com uma pessoa não identificada, contam com a autorização de seu governo para buscar uma aproximação com o grupo guerrilheiro.
"O que nos preocupa é que as Farc muitas vezes disseram a esses países europeus que estão prontas para o acordo humanitário e na verdade estão mentindo", acrescentou Uribe, assegurando que seu governo "fez todos os esforços pela troca humanitária".
As Farc, a principal e militarmente mais poderosa das guerrilhas que combatem no país, propuseram o intercâmbio de 57 de seus reféns por cerca de 500 rebeldes presos.
Nesse grupo de seqüestrados, estão a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt (que também tem nacionalidade francesa), três americanos e dezenas de políticos, policiais e militares, vários deles prestes a completar dez anos com o grupo guerrilheiro.
As Farc insistem que, para negociar a troca, Uribe tem de ordenar primeiro a desmilitarização de dois municípios do sudoeste do país, o que o presidente não aceita. Uribe propõe a desmilitarização de uma área mais reduzida e exige que os rebeldes libertados não voltem para as fileiras de combatentes das Farc, o que as Farc não aceitam.
Comentários