Sob desgaste, Santos não iria à reeleição hoje
O prefeito cuiabano tomou algumas medidas consideradas impopulares e conduziu situações politicas e administrativas para o campo do conflito. Autorizou, por exemplo, aumento da tarifa do transporte coletivo com menos de um ano do último reajuste. O caso se transformou num embate jurídico, gerando desgaste à figura do prefeito. A crise na saúde pública é outro problema. Para piorar, o prefeito é considerado adversário político tanto do governador Blairo Maggi quanto do presidente da República, Lula da Silva. No PSDB, ele se vê isolado. Tentou, sem êxito, atrair o PMDB com oferta de duas secretarias. Só restou a Santos 'amarrar' um entendimento com o PFL.
Para tentar 'sacudir' sua administração com uma maior visibilidade, Wilson Santos começou a lançar obras. Esse processo, porém, avança de forma capenga porque é 'movido' a recursos. De um lado, um prefeito que conseguiu ajustar a máquina, com equilíbrio de receitas e despesas, regularização da folha salarial dos servidores e quitação de pendências com fornecedores. De outro, o mesmo gestor aflito por falta de apoio do Estado e da União para viabilizar grandes investimentos.
Enquanto Santos se vê entre a cruz e a espada, seus virtuais adversários já em pré-campanha à sucessão de 2008 começam a contrapô-lo de forma mais incisiva. O deputado Walter Rabello (PMDB) e o presidente da MT Fomento, Éder de Moraes (sem partido), por exemplo, utilizam seus programas na TV para autopromoção. Desde já, ao arrepio da legislação eleitoral, elegeram o prefeito como 'saco de pancada'. O PT também começa a se mobilizar para lançar a pré-candidatura ao Palácio Alencastro ou do deputado federal Carlos Abicalil ou da ex-deputada estadual Vera Araújo. O PSB do deputado federal Valtenir Pereira, outro que sonha com a candidatura a prefeito, segue a mesma linha opositora.
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