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Politica Brasil
Sexta - 09 de Fevereiro de 2007 às 10:25

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A uma semana para a maior festa popular do Brasil, o Carnaval, uma notícia que deverá deixar muitas autoridades e promotores de eventos de certa forma bastante preocupados: junto com o Tribunal de Contas, o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual deverão abrir investigação para apurar eventuais desvio de dinheiro da União e do Estado, através de superfaturamento de bandas para animar o “Reinado de Momo”. O esquema envolve algumas prefeituras, entre elas a de Várzea Grande, Barra do Garças e Rondonópolis – principais cidades de Mato Grosso.

“É um esquema muito bem planejado, mas o tamanho dele só vamos saber a partir da auditoria de algumas contas e informações que estamos colhendo” – revelou um fonte ligada às investigações. Pelo esquema, a festa popular de carnaval vem saindo bastante caro para os contribuintes. O “negócio” começa a partir da liberação de verbas do Ministério do Turismo, através de projetos. Em nome da cultura, são solicitadas verbas para contratação de bandas para animar o festejo. Detalhe: o dinheiro é assegurado junto ao Ministério do Turismo a partir de emendas parlamentares – tal qual o esquema dos “sanguessugas”.

O “pulo do gato”, já devidamente armado, no entanto, está na contratação dos shows. Com o dinheiro liberado, os promotores da festa de carnaval assinam contratos com artistas de baixa categoria, que aceitam superfaturar o contrato para fazer a devolução. Na verdade, nem chegam a receber o dinheiro. O “corte corrupto” ocorre no pagamento. A idéia surgiu no ano passado através de um deputado federal da bancada mato-grossense e uma empresa de eventos cuiabana. Os nomes ainda não são divulgados por questão de investigações.

Segundo esse técnico envolvido nas investigações, algo em torno de R$ 600 mil seria alocado do Ministério do Turismo para esse fim. O dinheiro “engrossa” com a injeção do Governo do Estado e das próprias prefeituras. Esse montante seria divido com três bandas da Bahia. Tais conjuntos, pelos valores orçados, não ultrapassam a R$ 20 mil. O restante seria transformado em “gorda comissão” a ser dividida entre o proponente e a empresa realizadora.





Fonte: 24HorasNews

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