Laudo prévio sobre queda de avião sai em 10 dias
Dois peritos da agência passaram todo o dia de ontem no local a coletar informações, imagens e peças soltas da fuselagem – que se desprenderam no ar, pouco antes do acidente. Um trator teve de ser utilizado para remover os motores.
Após esta fase do trabalho, chamada de “ação inicial”, será constituída uma comissão que terá até 90 dias para emitir um laudo sobre as causas do acidente.
O avião pertencia à Curuá Energia S/A, construtora de uma pequena central hidrelétrica no salto do rio Curuá, entre os municípios de Guarantã do Norte e Novo Progresso (PA). Os cinco passageiros viajavam para prestar serviços técnicos e de vistoria no local da obra.
Em nota encaminhada ontem, a empresa diz que os engenheiros José Antônio Correia Santos, Luiz Augusto Ribeiro Araújo e Orlando Eustáquio Ribeiro da Silva, o engenheiro florestal Evaldo Tadeu Monteiro Fortes e o geólogo Marcelo Jung Pinho eram vinculados a empresas contratadas para a construção da usina.
A nota informa ainda que o avião, prefixo PT-RVI, decolou às 6h30 do aeroporto Marechal Rondon. “Após 15 minutos da decolagem, o piloto informou que as condições climáticas, bem como os demais procedimentos estavam sob controle. Após, não houve mais contato”, diz um trecho.
O piloto Magno Caetano Olzon tinha mais de 10 anos de experiência e havia sido contratado apenas para aquele vôo. Ele trabalhava regularmente em uma empresa de táxi-aéreo de Várzea Grande. Contatados pela reportagem, os funcionários não quiseram tratar do assunto.
De acordo com a assessoria de imprensa da Curuá, o avião foi comprado há dois anos e estava com todas as licenças e vistorias em ordem. Em nota, a Anac confirmou que o piloto e a aeronave estavam com a documentação “em dia”.
LUTO - Os corpos de três das vítimas foram levados para outros Estados. Luiz Augusto Ribeiro Araújo, de 65 anos, foi levado de avião para São Paulo. Orlando Eustáquio Ribeiro da Silva, de 60, foi transladado para Belo Horizonte.
José Antônio Correia Santos, de 26, foi levado também de avião para o Rio de Janeiro. Ogeólogo Marcelo Jung Pinho, de 34, foi sepultado em Cuiabá e o engenheiro florestal Evaldo Tadeu Monteiro Fortes, de 40, em Nossa Senhora do Livramento (cidade localizada a 27 quilômetros da Capital). O piloto Magno Caetano Olzon foi enterrado em Várzea Grande.
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