Maggi faz questão de definir comissão do PR

O governador Blairo Maggi, determinado a se inserir no cenário político nacional, disse, em reunião com o deputado federal Wellington Fagundes nesta terça (6), que fará questão de participar das principais decisões do Partido da República, no qual vai se filiar no próximo dia 2. Maggi fez questão de, mesmo antes de ingressar na nova agremiação, escolher na ponta da caneta os nove integrantes da comissão provisória. Durante a reunião, o governador debateu e, por fim, escreveu numa folha o prenome das nove pessoas que ele gostaria que passassem a conduzir o PR nessa primeira fase de formação dos diretórios municipais. Os nomes - confira reprodução original acima -, são do próprio Maggi, como presidente da comissão provisória regional, de Fagundes, que hoje preside a legenda e passará à função de secretário-geral, e do secretário de Estado de Educação, Luiz Antônio Pagot, como tesoureiro - cargo que Maggi prefere denominar de financeiro (fin - conforme escrito no papel).

Os outros membros da provisória do PR são o prefeito de Rosário Oeste, Zeno Gonçalves, o deputado federal Homero Pereira, o superintendente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Adjaime Ramos de Souza, o ex-deputado estadual Emanoel Pinheiro e o deputado Sebastião Rezende. Maggi chegou a listar o nome de Ivonaldo Caetano, depois concordou em substituí-lo pelo ex-deputado Jota Barreto. Fagundes, em princípio, queria 11 integrantes da provisória. Depois de muita discussão, chegou-se a um entendimento para compô-la com nove, incluindo os três com funções definidas de presidente, secretário-geral de tesoureiro.

Articulação

O governador ingressa no PR no próximo mês com apoio da cúpula nacional e do presidente Lula, com quem passou a manter constantes diálogos desde a campanha eleitoral do segundo turno. Apesar de ser avaliado mais pela atuação técnica, Maggi vem mostrando habilidade política e se especializando nas articulações. Ele convidou, por exemplo, o ministro Walfrido Mares Guia (Turismo) para trocar o PTB pelo PR. Junto com o ministro devem migrar para o partido do governador mato-grossense 14 deputados federais. Isso tornaria o PR dono da segunda maior bancada de sustentação do governo Lula. Em tese, representaria mais cacife para o governador. Não é à toa que Blairo Maggi acatou, de imediato, a indicação feito pelo ministro para o ex-deputado petebista Ricarte de Freitas assumir, em Brasília, o escritório de representação do governo de Mato Grosso.