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Politica Brasil
Quarta - 07 de Fevereiro de 2007 às 06:27
Por: Téo Menezes

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"Se o governador (Blairo Maggi) entende que é auto-suficiente e que não precisa de ninguém, não podemos fazer nada. Só vamos ficar aqui, batendo palma para ele", assim reagiu ontem o presidente estadual do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, ao demonstrar insatisfação com a demora de Maggi em oferecer ao partido cargos no Palácio Paiaguás.

Mesmo tendo entre os filiados o vice-governador e ex-presidente da Assembléia Legislativa, Silval Barbosa, o PMDB se sente insatisfeito porque não comanda nenhuma secretaria no governo e a cada dia perde espaço para para outros aliados de Maggi. A legenda também é uma das maiores bancadas de deputados.

Bezerra alega que o PMDB pretende participar de forma ativa e ocupar cargos que lhe proporcionem influência significativa na administração. Sinaliza em ocupar cargos em secretarias voltadas à área social, já que se aliou a Maggi na eleição passada. Apesar disso, ele não cobra publicamente nenhuma pasta.

"Temos que ter uma participação efetiva nessa administração. Queremos ajudar a governar, sim", completou Bezerra, que tem evitado externar a insatisfação dos correligionários com a demora do governador Blairo Maggi para não estremecer a relação institucional com o Executivo.

A postura do PMDB tem sido adotada por todos os demais dirigentes da sigla. Carlos Bezerra alega que o partido não tem pressa em discutir a indicação de cargos porque prioriza debater projetos. Nos bastidores, os correligionários cobram mesmo é vaga no governo.

"Não podemos falar em números de cargos que nos interessam porque essa não é a nossa prioridade. Pode ser que participemos do governo sem ocupar cargos. Isso também é possível", ponderou Bezerra.

Antônio Kato, secretário-chefe da Casa Civil, responsável pela relação institucional da administração com os partidos da base aliada, foi procurado ontem para comentar o assunto. Por causa de problemas na agenda, ele não pôde se manifestar. As agremiações que mais ocupam cargos no Executivo são o PPS, PFL e PP, aliados desde a eleição de 2002 e que dividem sozinhos as indicações no primeiro escalão.

Questionado sobre o avanço dos aliados sobre a administração, o ex-senador Carlos Bezerra deu mais um sinal de insatisfação. "Esses partidos têm sido contemplados com cargos pequenos e que não possuem visibilidade nenhuma. Ainda há o que se discutir", finalizou o dirigente peemedebista.




Fonte: A Gazeta

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