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Economia
Segunda - 05 de Fevereiro de 2007 às 07:26

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Fora do tema do gás, o governo boliviano demonstrou irritação com uma recente declaração do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, de que o Brasil não precisa consultar o país vizinho para construir duas usinas hidrelétricas no Rio Madeira, a poucos quilômetros da fronteira, apesar de os dois países terem criado uma comissão para debater o assunto. Uma das prioridades do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), as usinas Santo Antônio e Jirau devem gerar 6.450 MW e são consideradas vitais para afastar o risco de apagão no médio prazo.

No ano passado, a Bolívia demonstrou "preocupação" com a possibilidade de a obra provocar impactos ambientais no lado boliviano do rio Madeira, o principal do país vizinho. Em dezembro, os chanceleres dos dois países concordaram em criar uma comissão bilateral para discutir o assunto. A Bolívia, no entanto, avalia que a iniciativa já foi esvaziada pelas declarações de Rondeau.

Neste fim de semana, movimentos sociais da região amazônica boliviana e a ONG ambiental Fobomade, todos próximos de Morales, reuniram-se para discutir medidas para tentar impedir a construção.

Na última terça-feira, uma nota da agência oficial de notícias da Bolívia disse que as usinas brasileiras "inundariam grande parte do território boliviano e teriam um impacto severo na bacia formada pelos afluentes". Procurada pela Folha, a Chancelaria boliviana disse divulgará sua posição nos próximos dias.





Fonte: AE

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