Posse dos deputados e eleição da nova mesa diretorada AL acontecem amanhã
A população já decidiu pela renovação nas últimas eleições. Dos 24 deputados estaduais da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, apenas 9 foram reeleito. Além de fiscalizar o Executivo, como legítimos representantes do povo, os parlamentares têm a responsabilidade de elaborar leis que contribuíram para o progresso e a qualidade de vida no Estado. Junto com o Judiciário, o Legislativo controla o Executivo.
Para o analista político, é a existência dos três poderes que permite o equilíbrio e a governabilidade. "Sistema de freios e contra-peso. O Executivo só tem autoridade para representar os interesses coletivos de forma negociada e combatida com os integrantes desses colocados pelos votos através da Assembléia Legislativa", disse Suelme Fernandes, cientista político.
Como toda instituição, a Assembléia Legislativa também precisa de dirigentes. Neste caso, é a mesa diretora. São sete integrantes.O presidente, o primeiro e o segundo vices-presidentes, que representam o chefe do Legislativo na ausência dele. Já o primeiro secretário atua como um prefeito, ele administra a casa. Ainda integram a mesa o segundo, o terceiro e o quarto secretários. Juntos, coordenam as sessões e os trabalhos da Assembléia.
A eleição da mesa diretora da Assembléia Legislativa vai ser no dia 1º de fevereiro, logo depois que os 24 deputados eleitos tomarem posse. A população vai poder acompanhar tudo de perto, no plenário da Assembléia.
A nova mesa diretora já está praticamente pronta. Só falta ser oficializa pela eleição, só os deputados participam diretamente deste processo, que tem chapa única, para o Biênio 2007-2008.Foram indicados Sérgio Ricardo para presidente; Dilceu dal Bosco para o primeiro-vice e João Malheiros como segundo-vice. Para secretários, primeiro José Riva; segundo Walter Rabelo; terceiro Chica Nunes e quarto secretário Ademir Brunetto.
Segundo o deputado José Riva, que também é primeiro secretário da autal Legislatura, houve consenso na escolha dos candidatos para a nova mesa diretora. "Cada partido com representatividade da casa teve oportunidade de indicar um membro da mesa. Aqueles que porventura não estejam participando vão ser compensados com certeza na participação das comissões, de forma a oportunizar a todos os partidos uma participação maior no processo. Mesmo não tendo uma disputa, já houve uma discussão prévia dos partidos ", explicou.
Já para o analista político Suelme Fernandes, em um regime democrático seria mais interessante que houve disputa, com mais de uma chapa concorrendo à mesa diretora. "Qualquer forma de hegemonia é um tanto quanto preocupante. Mesmo o Legislativo é um espaço democrático de debate. No entanto, é necessário ter um debate e a hegemonia de uma chapa não significa necessariamente que todos que estão na Assembléia concordam com o projeto dessa chapa. Talvez outros não tiveram condições políticas de estabelecer uma chapa concorrente."Ainda nesta semana, estas cadeiras vão ter novos ocupantes. Elas representam o topo do
Poder Legislativo e são muito cobiçadas por qualquer parlamentar.
"É uma busca de espaço. O político naturalmente ao participar de uma mesa diretora acaba aparecendo um pouco mais na mídia e isso, lógico, facilita um processo político", frisou José Riva.
"A Assembléia Legislativa é quem delibera sobre o orçamento, sobre matérias de prioridades, de interesses coletivos e todas as ações de Executivo tem que passar necessariamente pela aprovação da Assembléia Legislativa. Esse nível de debate entre os dois poderes acaba dando um certo prestígio a quem lidera os espaços na Assembléia Legislativa, no caso os presidentes e a câmara de direção", finalizou o analista político.
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