Presidente inicia "tour" para promover o PAC

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a seus auxiliares que sua agenda de viagens seja atrelada às obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), e a determinação será implementada já a partir da semana que vem, com visitas a cinco cidades em quatro Estados. Lula quer ir pessoalmente às obras para passar a idéia de demonstração clara de que o pacote não é um conjunto de promessas, mas um plano real já em implementação.

Na quarta-feira, o petista visita três cidades em três Estados do Nordeste. Vai às 9h30 ao porto de Suape (PE), para a assinatura dos contratos da construção dos dez primeiros navios da Transpetro. Às 12h30, estará em Parnamirim (RN), para vistoria de obras da BR-101 Nordeste. À tarde, às 15h30, seguirá para Crateús (CE), para a inauguração de usina de biodiesel --sua fixação na área de energia para o futuro do Brasil.

Na sexta-feira, Lula repetirá o PAC-tour, desta vez em São Paulo. Às 11h, comparecerá ao lançamento da pedra fundamental da unidade de polipropileno da Braskem/Petrobras, em Paulínia. À tarde, participará, às 15h, da inauguração da estação de esgoto Anhumas, na região de Campinas.

O tour de Lula faz parte de esforço mais amplo do governo para promover o PAC e angariar apoios ao plano. O presidente também começou a receber empresários no Palácio do Planalto para pedir engajamento no pacote. Nesta semana, terá o segundo encontro setorial, desta vez com representantes da Abdib (Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base).

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, é uma das que mais comemoram a adesão do empresariado. "Fomos muito mais compreendidos pelos setores empresariais. Tivemos excelente reação dos empresários", afirmou.

O tour de Lula inicia sua temporada de viagens nacionais oficiais no segundo mandato. Até agora, o presidente só tinha ido ao exterior desde que voltou das férias de dez dias no Guarujá, litoral de São Paulo.

Além das viagens e dos encontros com empresários, Lula também vai partir para a negociação no campo político, para conseguir a aprovação de medidas do PAC que precisam passar pelo Congresso.

Na terça-feira, o petista recebe os presidentes e líderes dos partidos aliados --o "conselho de coalizão"-- para captar a recepção do pacote e pedir empenho na sua aprovação. Deve estabelecer também mecanismos para que os aliados acompanhem o desenrolar do pacote.