Pátio quer mais recursos para escolas agrícolas

O deputado Zé Carlos do Pátio (PMDB) garantiu continuidade à luta em favor das escolas agrícolas de Mato Grosso. Dados apresentados pelo parlamentar mostram que das 32 escolas agrícolas construídas no Estado na década de 80 - pelo então presidente José Sarney -, 22 instituições estão fechadas por falta de investimentos do Governo Federal.

“O Governo Federal construiu e passou a responsabilidade aos municípios para mantê-las. Hoje, várias delas se encontram em péssimas condições de uso”, alertou Pátio.

A fim de reverter esse quadro, o deputado anunciou que deve iniciar um trabalho em parceria com o Governo do Estado para recuperá-las. “Sei que não será nada fácil, mas quero trabalhar com duas vertentes: uma delas é ser parceiro do governador Blairo Maggi para fortalecer a participação do Centro Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (Ceprotec).

A segunda, é pela transferência de parte dos recursos do incentivo do algodão para as escolas agrícolas. A idéia é retirar, por exemplo, 15% dos incentivos totais”, exemplificou o deputado. Pátio argumentou que irá debater seus projetos voltados à redução de incentivos fiscais, referente ao Programa de Incentivo ao Algodão (Proalmat), para que este recurso seja destinado às escolas agrícolas que estão fechadas no Estado.

Segundo Pátio, a escola agrícola está dentro de um setor crescente no Estado: o agronegócio. O parlamentar entende que elas geram emprego e qualificação para Mato Grosso. “O Governo Federal está abrindo linhas de financiamento e a prova disso é a implantação do biodiesel em Mato Grosso. Precisamos de escolas com infra-estrutura e técnicos capacitados para trabalhar neste setor”, avaliou o deputado.

Vale lembrar que, há alguns anos, o deputado criou uma comissão para debater a situação das escolas no Estado, formada pelos deputados Dilcel Dal Bosco (PFL), Chico Daltro (PP), Verinha Araújo(PT) e Sérgio Ricardo (PPS), além dele.

Um levantamento do Governo do Estado mostra que, por meio da Educação Profissional no Campo (Eprocampo), foi feito um processo de revitalização em 13 escolas agrícolas. Em Barra do Garças, por exemplo, a Escola Agrícola Laudelino de Souza dos Santos ganhou um novo abatedouro, cinco aviários, quatro salas de aula e um barracão para maquinário agrícola, além do estábulo da escola.