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Bush reconhece que mudança climática é ´um desafio sério´
WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, reconheceu pela primeira vez que a mudança climática é "um desafio sério" e apostou nas novas tecnologias como resposta, mas não falou de estabelecer limites máximos de emissões.
A Casa Branca tinha adiantado que a independência energética e o aquecimento global estariam entre os temas principais do discurso desta terça-feira sobre o Estado da União. Mas, na realidade, Bush só pronunciou uma frase sobre o segundo assunto.
Os avanços tecnológicos "ajudarão a cuidar melhor do meio ambiente e a enfrentar o desafio sério da mudança climática mundial", disse Bush.
Embora breve, a declaração é um passo importante para um presidente que no início de seu mandato questionava a existência do aquecimento planetário. Na época, ele retirou a assinatura do Protocolo de Kyoto, que regula as emissões de gases no mundo todo.
Além disso, os EUA não têm participado das negociações internacionais sobre o problema.
"O presidente reconheceu que a ação do ser humano contribui para produzir o aquecimento global e isso já é um progresso", disse David Willett, porta-voz do Sierra Club, a maior associação ambiental do país.
O governo federal fixou como meta que as emissões de gases relacionadas ao efeito estufa cresçam 18% a menos que o previsto até 2012. No entanto, se negou a criar restrições legais para o dióxido de carbono, apesar de 25% de todas as emissões do mundo saírem dos EUA.
"Um plano sério para deter o aquecimento global exige limites obrigatórios", disse Frances Beinecke, presidente do Conselho de Defesa dos Recursos Naturais, uma organização ambientalista.
Na segunda-feira, uma coalizão que incluía 10 das maiores empresas do país, desde Alcoa e General Electric até Duke Energy e Dupont, pediu a Bush uma norma de volumes máximos de emissões.
A Califórnia e um grupo de estados do Nordeste obrigaram a reduzir a emissão de gases nocivos em seu território, enquanto o governo federal nada fazia.
Mas Willett e outros ambientalistas acham que Bush nunca dará seu braço a torcer. Eles só esperam medidas do novo presidente, após as eleições do ano que vem.
Petróleo Bush foi mais prolixo ao falar de suas medidas para diminuir a dependência das importações de petróleo.
"Esta dependência nos torna mais vulneráveis a regimes hostis e aos terroristas", disse Bush. "É vital diversificar a oferta de energia dos Estados Unidos e a forma de fazer isso é através da tecnologia", acrescentou.
Bush propôs reduzir o consumo de gasolina em 20% até 2016, com a meta de usar 35 bilhões de galões (132 bilhões de litros) de combustíveis alternativos, como etanol, biodiesel e hidrogênio.
O plano também prevê que os automóveis consumirão 4% a menos por ano, em média, graças à adoção de novas tecnologias, reduzindo a demanda de gasolina.
No entanto, as organizações ambientalistas criticaram Bush por basear o seu plano em suposições de futuros avanços. "O presidente falou de mais eficiência no consumo, mas não estabeleceu nenhuma norma", disse Willett.
Bush também propôs dobrar a capacidade da reserva estratégica de petróleo de seu país, de modo a poder armazenar 1,5 bilhão de barris (quase 5,7 bilhões de litros) em 2027.
Além disso, defendeu as perfurações no Refugio Ártico, uma área de proteção natural no Alasca. A proposta assusta os ambientalistas e não foi aprovada pelo anterior Congresso, dominado pelos republicanos.
A Casa Branca tinha adiantado que a independência energética e o aquecimento global estariam entre os temas principais do discurso desta terça-feira sobre o Estado da União. Mas, na realidade, Bush só pronunciou uma frase sobre o segundo assunto.
Os avanços tecnológicos "ajudarão a cuidar melhor do meio ambiente e a enfrentar o desafio sério da mudança climática mundial", disse Bush.
Embora breve, a declaração é um passo importante para um presidente que no início de seu mandato questionava a existência do aquecimento planetário. Na época, ele retirou a assinatura do Protocolo de Kyoto, que regula as emissões de gases no mundo todo.
Além disso, os EUA não têm participado das negociações internacionais sobre o problema.
"O presidente reconheceu que a ação do ser humano contribui para produzir o aquecimento global e isso já é um progresso", disse David Willett, porta-voz do Sierra Club, a maior associação ambiental do país.
O governo federal fixou como meta que as emissões de gases relacionadas ao efeito estufa cresçam 18% a menos que o previsto até 2012. No entanto, se negou a criar restrições legais para o dióxido de carbono, apesar de 25% de todas as emissões do mundo saírem dos EUA.
"Um plano sério para deter o aquecimento global exige limites obrigatórios", disse Frances Beinecke, presidente do Conselho de Defesa dos Recursos Naturais, uma organização ambientalista.
Na segunda-feira, uma coalizão que incluía 10 das maiores empresas do país, desde Alcoa e General Electric até Duke Energy e Dupont, pediu a Bush uma norma de volumes máximos de emissões.
A Califórnia e um grupo de estados do Nordeste obrigaram a reduzir a emissão de gases nocivos em seu território, enquanto o governo federal nada fazia.
Mas Willett e outros ambientalistas acham que Bush nunca dará seu braço a torcer. Eles só esperam medidas do novo presidente, após as eleições do ano que vem.
Petróleo Bush foi mais prolixo ao falar de suas medidas para diminuir a dependência das importações de petróleo.
"Esta dependência nos torna mais vulneráveis a regimes hostis e aos terroristas", disse Bush. "É vital diversificar a oferta de energia dos Estados Unidos e a forma de fazer isso é através da tecnologia", acrescentou.
Bush propôs reduzir o consumo de gasolina em 20% até 2016, com a meta de usar 35 bilhões de galões (132 bilhões de litros) de combustíveis alternativos, como etanol, biodiesel e hidrogênio.
O plano também prevê que os automóveis consumirão 4% a menos por ano, em média, graças à adoção de novas tecnologias, reduzindo a demanda de gasolina.
No entanto, as organizações ambientalistas criticaram Bush por basear o seu plano em suposições de futuros avanços. "O presidente falou de mais eficiência no consumo, mas não estabeleceu nenhuma norma", disse Willett.
Bush também propôs dobrar a capacidade da reserva estratégica de petróleo de seu país, de modo a poder armazenar 1,5 bilhão de barris (quase 5,7 bilhões de litros) em 2027.
Além disso, defendeu as perfurações no Refugio Ártico, uma área de proteção natural no Alasca. A proposta assusta os ambientalistas e não foi aprovada pelo anterior Congresso, dominado pelos republicanos.
Fonte:
Agência EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/246362/visualizar/
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