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Politica Brasil
Terça - 23 de Janeiro de 2007 às 13:22

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O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Zeca D’Ávila (PFL), disse nesta terça-feira (23), que o presidente da MT Fomento, Éder de Moraes Dias, está usando a agência para fins meramente políticos. “Não conheço este indivíduo. Não sei qual a sua pretensão política, mas ele está induzindo os presidentes de associações a irem contra a minha emenda não por critérios técnicos, mas com intenção política”, alfinetou o parlamentar. O presidente da MT Fomento sonha em disputar a Prefeitura de Cuiabá.

As rusgas entre Éder e D’Ávila tiveram início quando o deputado apresentou uma emenda à mensagem do governo que pedia readequação da MT Fomento a uma lei federal que rege as sociedades de economia mista.

Zeca sugeriu uma alteração com o seguinte texto: “nas operações de crédito que venham a ser contratadas (a MT Fomento) atenderá exclusivamente às micro e pequenas empresas, bem como os minis e pequenos produtores rurais e suas cooperativas e outras formas de produção associativas”.

Já o presidente da MT Fomento insiste em afirmar que a emenda limitou as ações da agência por não permitir a liberação de crédito a pessoas físicas. Contudo, em entrevista publicada no site da Secom (Secretaria Estadual de Comunicação Social), no dia 26 de fevereiro de 2004, Éder Moraes contradiz o que prega atualmente: “nosso perfil é atender a projetos e a programas que podem estar associados à APLs (Arranjos Produtivos Locais), a alguma associação, como por exemplo, dos ceramistas, cooperativas, enfim, qualquer outra associação de produção. Não é nosso interesse atender a questões pontuais, de demandas individuais. Nós queremos atender a coletividade de modo que o capital possa chegar a esses empreendimentos”.

O deputado Zeca D´Ávila afirma que a emenda tem por finalidade também limitar a liberação de créditos, por isso, justifica a redação, “exclusivamente às micro e pequenas empresas”. Segundo ele, a MT Fomento não pode liberar financiamentos, por exemplo, a médias empresas que têm receita anual entre R$ 10,5 milhões a R$ 60 milhões. “A idéia é limitar os recursos para direcionar aos pequenos evitando que a agência se desvirtue do seu propósito”, disse.

A outra defesa de Zeca é em relação ao incentivo ao associativismo. Ele entende que não há restrição a uma pessoa física requerer um financiamento na MT Fomento desde que ela esteja filiada a alguma cooperativa ou associação. “Isso protege os setores organizados da sociedade e facilita, inclusive, a fiscalização da agência já que quem for solicitar um crédito estará ligado a alguma entidade”.

Zeca informou ainda que está tranqüilo em relação a sua proposta já que os deputados por unanimidade (15 a 0) derrubaram o veto imposto pelo governador Blairo Maggi a sua emenda. “Todos aqui da Casa entenderam a intenção da minha proposta”.





Fonte: Midia News

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