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O caldeirão artístico de Nikko Kali
O artista plástico Nikko Kali, que em 2004 apresentou aos mato-grossenses a exposição Cartografias da Alma, se confirma como um eterno fascinado pelos mistérios da natureza, seja ela humana ou não. Mostra bem isso nos trabalhos mais recentes, que serão expostos em Cuiabá, somente para convidados, nos dias 7 e 8 de fevereiro. Diferentes cores, materiais e sentimentos, assim como símbolos, letras, sinais e ícones, enfim, qualquer representação, seja ela parte de uma escrita ou mesmo uma pintura rupestre, todos são colocados no caldeirão artístico do pintor. O resultado? O nome da individual dá uma noção: Delirium.
A "vernissage privé" traz 30 telas e algumas peças em cerâmica que revelam as nuanças de sua nova fase. Sim, porque muitas informações estão nos detalhes, como símbolos colocados em meio a figuras surrealistas e abstratas, ou materiais como metais e pedras, preciosos ou não, diluídos e transformados em exclusivos corantes. O que se vê são cores cheias de vida e únicas. O artista radicado em Paris (França) há 22 anos e que já percorreu vários países, produz os próprios meios de obter tonalidades mais intensas e vibrantes.
A mistura de elementos de várias culturas e de materiais é fruto de muita pesquisa, conta ele. Estudou diversos tipos de escrita, seu processo de formulação e significados, os símbolos de vários povos, como por exemplo o egípcio. "Adoro egiptologia", conta. Pode-se ver, por exemplo, que ele está sempre colocando olhos nas telas e cerâmicas. Lembra que alguns povos se comunicam muito com o olhar. "O que o lábio não diz, é dito com os olhos. O olhar revela muita coisa", frisa Nikko, cujo segundo nome (artístico), Kali, refere-se a uma divindade indiana. Por sinal uma das mais significativas.
A pesquisa e as experiências são o principal combustível de Nikko. "Vou morrer pesquisando. Minha vontade é de mergulhar cada vez mais", confessa. As referências vieram de vários cantos. Uma delas é bem clara: o pintor surrealista espanhol Joan Miró (1893-1983). Outras vêm de lugares como Emirados Árabes Unidos, Índia e Vietnã. O artista também tem sólida formação técnica e profissional, é mestre em Gemologia pelo Instituto Nacional de Paris e trabalhou no ramo da alta joalheria francesa. Tem licenciatura em História da Arte pelo Museu Nacional de História Natural de Paris e de Técnicas de Cores pela Universidade de Hampton, em Londres (Inglaterra).
Fascinação pelas pedras -Nikko Kali conta: "sempre me fascinou o brilho das pedras". Foi esse sentimento que o levou a cursar Gemologia na França, quando o assunto era pouco conhecido e praticamente não havia profissionais dessa área no Brasil. Queria se aprofundar em seus mistérios (o das pedras), ao mesmo que ouvia o chamado da arte, revela. Durante algum tempo levou paralelamente a pintura e o trabalho com joalheria, até que em 1992 passou a dedicar-se exclusivamente às artes plásticas.
As pedras, no entanto, jamais deixariam sua vida. Nikko se admira com o mais ínfimo pedaço, um grão de areia que seja. Lembra que mesmo eles são importantes demonstrações do que a natureza é capaz. De como pode, ao longo de milhões de anos, criar formas e texturas belíssimas, às vezes só vistas em sua plenitude por meio de microscópios. O que ele faz é aliar as características delas à sua arte, criando novas formas de admirar sua beleza. O pintor macera as pedras, transforma em pó que vira ingrediente de novas tintas, assim como pigmentos de plantas. A experimentação é constante. Agora mesmo está trabalhando ingredientes oriundos de vegetais como pequi, jabuticaba e jatobá.
As cores únicas obtidas com a mistura de pigmentos, metais e minerais, além do que chama de segredos ou fórmulas secretas, ganham espaço tanto nos fundos - que podem trazer várias camadas - quanto nos detalhes. Uma técnica elaborada e estudada em minúcias e que já virou sua marca. Tudo isso faz com que as telas e as cerâmicas mudem de tonalidade conforme a luz que incide sobre elas. É certo, portanto, que a cada olhada se encontre novas características nos trabalhos.
Não é por menos que Nikko conquistou reconhecimento internacional. O paulista de 49 anos faz parte da lista dos 120 mestres da pintura mundial e figura no Dicionário de Cotação de Artistas 2006 e 2007, do expert Christian Soriano. A publicação da editora Larousse é uma referência internacional para galerias e colecionadores. Já expôs em importantes salões e eventos em países como França, Japão, Cingapura, Portugal e Espanha. Além de vários estados brasileiros. Sem contar com referências à sua arte em publicações nos Estados Unidos e Inglaterra.
Tem obras na França, na Inglaterra, no Japão, em Cingapura, nos Estados Unidos, na Índia, nos Emirados Árabes Unidos, em Portugal, nas Filipinas, no Vietnã e no Brasil.
Serviço - A "vernissage privé" (exclusiva para convidados) está sendo organizada pela marchand Jocelda Stefanello e acontece no Espaço Jô Stefanello, no Jardim Eldorado.
A "vernissage privé" traz 30 telas e algumas peças em cerâmica que revelam as nuanças de sua nova fase. Sim, porque muitas informações estão nos detalhes, como símbolos colocados em meio a figuras surrealistas e abstratas, ou materiais como metais e pedras, preciosos ou não, diluídos e transformados em exclusivos corantes. O que se vê são cores cheias de vida e únicas. O artista radicado em Paris (França) há 22 anos e que já percorreu vários países, produz os próprios meios de obter tonalidades mais intensas e vibrantes.
A mistura de elementos de várias culturas e de materiais é fruto de muita pesquisa, conta ele. Estudou diversos tipos de escrita, seu processo de formulação e significados, os símbolos de vários povos, como por exemplo o egípcio. "Adoro egiptologia", conta. Pode-se ver, por exemplo, que ele está sempre colocando olhos nas telas e cerâmicas. Lembra que alguns povos se comunicam muito com o olhar. "O que o lábio não diz, é dito com os olhos. O olhar revela muita coisa", frisa Nikko, cujo segundo nome (artístico), Kali, refere-se a uma divindade indiana. Por sinal uma das mais significativas.
A pesquisa e as experiências são o principal combustível de Nikko. "Vou morrer pesquisando. Minha vontade é de mergulhar cada vez mais", confessa. As referências vieram de vários cantos. Uma delas é bem clara: o pintor surrealista espanhol Joan Miró (1893-1983). Outras vêm de lugares como Emirados Árabes Unidos, Índia e Vietnã. O artista também tem sólida formação técnica e profissional, é mestre em Gemologia pelo Instituto Nacional de Paris e trabalhou no ramo da alta joalheria francesa. Tem licenciatura em História da Arte pelo Museu Nacional de História Natural de Paris e de Técnicas de Cores pela Universidade de Hampton, em Londres (Inglaterra).
Fascinação pelas pedras -Nikko Kali conta: "sempre me fascinou o brilho das pedras". Foi esse sentimento que o levou a cursar Gemologia na França, quando o assunto era pouco conhecido e praticamente não havia profissionais dessa área no Brasil. Queria se aprofundar em seus mistérios (o das pedras), ao mesmo que ouvia o chamado da arte, revela. Durante algum tempo levou paralelamente a pintura e o trabalho com joalheria, até que em 1992 passou a dedicar-se exclusivamente às artes plásticas.
As pedras, no entanto, jamais deixariam sua vida. Nikko se admira com o mais ínfimo pedaço, um grão de areia que seja. Lembra que mesmo eles são importantes demonstrações do que a natureza é capaz. De como pode, ao longo de milhões de anos, criar formas e texturas belíssimas, às vezes só vistas em sua plenitude por meio de microscópios. O que ele faz é aliar as características delas à sua arte, criando novas formas de admirar sua beleza. O pintor macera as pedras, transforma em pó que vira ingrediente de novas tintas, assim como pigmentos de plantas. A experimentação é constante. Agora mesmo está trabalhando ingredientes oriundos de vegetais como pequi, jabuticaba e jatobá.
As cores únicas obtidas com a mistura de pigmentos, metais e minerais, além do que chama de segredos ou fórmulas secretas, ganham espaço tanto nos fundos - que podem trazer várias camadas - quanto nos detalhes. Uma técnica elaborada e estudada em minúcias e que já virou sua marca. Tudo isso faz com que as telas e as cerâmicas mudem de tonalidade conforme a luz que incide sobre elas. É certo, portanto, que a cada olhada se encontre novas características nos trabalhos.
Não é por menos que Nikko conquistou reconhecimento internacional. O paulista de 49 anos faz parte da lista dos 120 mestres da pintura mundial e figura no Dicionário de Cotação de Artistas 2006 e 2007, do expert Christian Soriano. A publicação da editora Larousse é uma referência internacional para galerias e colecionadores. Já expôs em importantes salões e eventos em países como França, Japão, Cingapura, Portugal e Espanha. Além de vários estados brasileiros. Sem contar com referências à sua arte em publicações nos Estados Unidos e Inglaterra.
Tem obras na França, na Inglaterra, no Japão, em Cingapura, nos Estados Unidos, na Índia, nos Emirados Árabes Unidos, em Portugal, nas Filipinas, no Vietnã e no Brasil.
Serviço - A "vernissage privé" (exclusiva para convidados) está sendo organizada pela marchand Jocelda Stefanello e acontece no Espaço Jô Stefanello, no Jardim Eldorado.
Fonte:
A Gazeta
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/246627/visualizar/
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