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Rogério Andrade teria exército de 129 homens
A Polícia Federal identificou, em 17 arquivos eletrônicos encontrados em um pen drive (memória de computador) do chefão da máfia dos caça-níqueis, Rogério Andrade, 129 integrantes do "exército" que o protege. O Dia teve acesso ao relatório sobre o conteúdo do pen drive.
A maioria dos homens é formada por agentes públicos. São policiais civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários que garantiriam tranquilidade nos negócios e a integridade física do contraventor e de membros da organização criminosa.
No arquivo "Segurança M1", referência a Andrade, que é conhecido como M1 na organização, consta que ele pessoalmente contava com sete homens. Um deles, vigia do Condomínio Rio-Mar X, na Barra, seria pago apenas para garantir a tranqüilidade do "capo" em casa.
O arquivo "Segurança Sombra" trata de cinco homens que garantiriam a integridade de Luciano Barros de Novaes, chamado por Andrade de Sombra ou Sombrancelha. Outro com direito a segurança pessoal seria Renato de Andrade, o M2. Para ele, foram mobilizados nove guardiões. Dois deles, vigias do condomínio Santa Marina. Antes de ser preso, o sargento bombeiro Antônio Carlos Macedo, o Bispo, contaria com seis homens para a sua proteção pessoal.
Além de investir na garantia de vida de aliados, Rogério também gastava na proteção dos negócios. No arquivo "Segurança P. MERAL", 17 pessoas eram responsáveis pelas áreas de Padre Miguel e Realengo. Em Marechal Hermes, segundo o relatório, após a prisão de Macedo, foi promovido a "sub-chefe responsável" Jobson Ribeiro de Aguiar, o Binho. Sob seu comando estão 18 aliados. A área de Bangu estaria a cargo de Carlos Cesar Arraes Tavares, e o responsável pela distribuição de dinheiro na região era Carlos Eduardo Pereira Moncada, conhecido como Cadu.
Cruzando dados dos arquivos, guardados em pastas com nomes de "documentos", chega-se à conclusão de que a montagem das equipes de segurança seria feita a partir de policiais e agentes penitenciários. O relatório ressalta ainda que prisões promovidas pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) desfalcaram parte do "exército" de Rogério Andrade.
Investigado teria trabalhado para Álvaro Lins Jorsan Machado de Oliveira, um dos investigados por envolvimento na morte do agente federal Aluizio Pereira dos Santos, aparece nos arquivos de Rogério Andrade como um dos responsáveis pela segurança da área de Jacarepaguá. No relatório, a PF ressaltou ainda que há gravações telefônicas na qual Jorsan recebeu uma ligação de agradecimento por ter trabalhado na campanha eleitoral do deputado estadual diplomado Álvaro Lins, ex-chefe de Polícia Civil.
Jorsan trabalharia naquela região com o apoio de Leonardo Brandão Alves, mais conhecido como o Léo Magrinho. A PF pediu a prisão Álvaro Lins sob a acusação de lavagem de dinheiro do jogo em sua campanha eleitoral, mas a Justiça não concedeu a detenção.
"Inho" é chefe de delegacia A Delegacia de Homicídios Oeste (DH-Oeste) aparece no arquivo eletrônico como uma das delegacias especializadas que recebia dinheiro de Rogério Andrade. Segundo o documento, o "chefe" da unidade seria o inspetor Jorge Luís Fernandes, o Jorginho.
Ele é do grupo de agentes conhecidos como "inhos" da Polícia Civil. Tanto Jorginho quanto Helio Machado da Conceição, o Helinho, e Fabio Menezes de Leão, o Fabinho, estão presos em Bangu 1. Ele foram denunciados pelo Ministério Público Federal por envolvimento com a máfia dos caça-níqueis. De acordo com investigação da Federal, os "inhos" eram ligados ainda ao ex-chefe de Polícia Civil Álvaro Lins.
A DH-Oeste foi responsável pela investigação que resultou na prisão de Fernando Iggnácio, rival de Rogério, em 12 de outubro.
Prostitutas na cadeia Antes de ser preso, Rogério Andrade, segundo o relatório, pagava propina à Polinter de Campo Grande. O poder do contraventor ficou ainda mais evidente quando ele ficou sob a custódia daquela carceragem. Andrade recebeu prostitutas e ainda transformou a cela num verdadeiro "escritório do crime", de onde comandava livremente seus negócios. A farra foi descoberta por meio de gravações telefônicas, autorizadas pela Justiça. A partir disso, no início da semana, o juiz da 4ª Vara Criminal Federal, Vlamir Costa determinou a transferência dele para Bangu 1.
Fernando Iggnácio, que no período em que ficou na cela da Polinter Neves (São Gonçalo) também desfrutou de regalias, os "inhos" e Paulo Cezar Ferreira do Nascimento, o Paulo Padilha, também foram para o presídio. Lá, estão no Regime Disciplinar Diferenciado. Não podem receber visita íntima ou ter acesso a TV e rádio.
A maioria dos homens é formada por agentes públicos. São policiais civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários que garantiriam tranquilidade nos negócios e a integridade física do contraventor e de membros da organização criminosa.
No arquivo "Segurança M1", referência a Andrade, que é conhecido como M1 na organização, consta que ele pessoalmente contava com sete homens. Um deles, vigia do Condomínio Rio-Mar X, na Barra, seria pago apenas para garantir a tranqüilidade do "capo" em casa.
O arquivo "Segurança Sombra" trata de cinco homens que garantiriam a integridade de Luciano Barros de Novaes, chamado por Andrade de Sombra ou Sombrancelha. Outro com direito a segurança pessoal seria Renato de Andrade, o M2. Para ele, foram mobilizados nove guardiões. Dois deles, vigias do condomínio Santa Marina. Antes de ser preso, o sargento bombeiro Antônio Carlos Macedo, o Bispo, contaria com seis homens para a sua proteção pessoal.
Além de investir na garantia de vida de aliados, Rogério também gastava na proteção dos negócios. No arquivo "Segurança P. MERAL", 17 pessoas eram responsáveis pelas áreas de Padre Miguel e Realengo. Em Marechal Hermes, segundo o relatório, após a prisão de Macedo, foi promovido a "sub-chefe responsável" Jobson Ribeiro de Aguiar, o Binho. Sob seu comando estão 18 aliados. A área de Bangu estaria a cargo de Carlos Cesar Arraes Tavares, e o responsável pela distribuição de dinheiro na região era Carlos Eduardo Pereira Moncada, conhecido como Cadu.
Cruzando dados dos arquivos, guardados em pastas com nomes de "documentos", chega-se à conclusão de que a montagem das equipes de segurança seria feita a partir de policiais e agentes penitenciários. O relatório ressalta ainda que prisões promovidas pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) desfalcaram parte do "exército" de Rogério Andrade.
Investigado teria trabalhado para Álvaro Lins Jorsan Machado de Oliveira, um dos investigados por envolvimento na morte do agente federal Aluizio Pereira dos Santos, aparece nos arquivos de Rogério Andrade como um dos responsáveis pela segurança da área de Jacarepaguá. No relatório, a PF ressaltou ainda que há gravações telefônicas na qual Jorsan recebeu uma ligação de agradecimento por ter trabalhado na campanha eleitoral do deputado estadual diplomado Álvaro Lins, ex-chefe de Polícia Civil.
Jorsan trabalharia naquela região com o apoio de Leonardo Brandão Alves, mais conhecido como o Léo Magrinho. A PF pediu a prisão Álvaro Lins sob a acusação de lavagem de dinheiro do jogo em sua campanha eleitoral, mas a Justiça não concedeu a detenção.
"Inho" é chefe de delegacia A Delegacia de Homicídios Oeste (DH-Oeste) aparece no arquivo eletrônico como uma das delegacias especializadas que recebia dinheiro de Rogério Andrade. Segundo o documento, o "chefe" da unidade seria o inspetor Jorge Luís Fernandes, o Jorginho.
Ele é do grupo de agentes conhecidos como "inhos" da Polícia Civil. Tanto Jorginho quanto Helio Machado da Conceição, o Helinho, e Fabio Menezes de Leão, o Fabinho, estão presos em Bangu 1. Ele foram denunciados pelo Ministério Público Federal por envolvimento com a máfia dos caça-níqueis. De acordo com investigação da Federal, os "inhos" eram ligados ainda ao ex-chefe de Polícia Civil Álvaro Lins.
A DH-Oeste foi responsável pela investigação que resultou na prisão de Fernando Iggnácio, rival de Rogério, em 12 de outubro.
Prostitutas na cadeia Antes de ser preso, Rogério Andrade, segundo o relatório, pagava propina à Polinter de Campo Grande. O poder do contraventor ficou ainda mais evidente quando ele ficou sob a custódia daquela carceragem. Andrade recebeu prostitutas e ainda transformou a cela num verdadeiro "escritório do crime", de onde comandava livremente seus negócios. A farra foi descoberta por meio de gravações telefônicas, autorizadas pela Justiça. A partir disso, no início da semana, o juiz da 4ª Vara Criminal Federal, Vlamir Costa determinou a transferência dele para Bangu 1.
Fernando Iggnácio, que no período em que ficou na cela da Polinter Neves (São Gonçalo) também desfrutou de regalias, os "inhos" e Paulo Cezar Ferreira do Nascimento, o Paulo Padilha, também foram para o presídio. Lá, estão no Regime Disciplinar Diferenciado. Não podem receber visita íntima ou ter acesso a TV e rádio.
Fonte:
O Dia
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/246961/visualizar/
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