AL vai cortar secretarias para evitar privilégios

A Assembléia fará corte drástico do número de secretarias para poder atender o pleito da maioria dos deputados, que exigem maior estrutura nos gabinetes. Ao menos oito secretarias vão ser transformadas em superintendências, o que resultará em enxugamento de pessoal. É o que prevê um estudo que está sendo desenvolvido pelo secretário-geral Edmar Adams.

Dos 14 deputados novatos, 10 já procuraram Edmar para reclamar da falta de estrutura e da situação privilegiada, principalmente dos parlamentares veteranos, em detrimento da maioria. O peemedebista Zé do Pátio, por exemplo, conta com 12 cargos na Mesa Diretora, fora os assessores do seu gabinete pagos com uma verba mensal de R$ 30 mil. Enquanto isso, outro peemedebista, Nataniel de Jesus, reprovado à reeleição, não indicou nenhum cargo fora do seu gabinete.

Diante da pressão dos novatos por melhor espaço interno, o primeiro-secretário José Riva, que continuará no cargo na próxima legislatura, determinou um estudo para redimensionar a estrutura. Mesmo sob pressão dos veteranos, Riva pretende transformar secretarias em coordenadorias. Somente o presidente da Assembléia tem direito a indicar nada menos que 104 cargos e, o primeiro-secretário, 67 pessoas.

Logo após a posse, em 1º de fevereiro, a Mesa Diretora vai se reunir com o Colégio de Líderes para promover as mudanças, que não precisam passar por apreciação em plenário.