Posse apressa filiação de Homero

O deputado federal eleito Homero Pereira deverá ser o primeiro do grupo político do governador Blairo Maggi a se filiar ao Partido República (PR). É que ele precisa estar filiado a um partido antes da sua posse no dia 1º de fevereiro para integrar as comissões da Câmara dos Deputados.

A questão foi discutida ontem à tarde, na Famato, durante reunião entre o próprio parlamentar, o secretário de Educação, Luiz Antônio Pagot, e o presidente da comissão provisória do PR, deputado federal Wellington Fagundes. "O deputado Luciano de Castro (RR), líder do PR já assegurou ao próprio Homero que, caso filie ao partido, terá espaço nas comissões", informou.

A definição de Blairo Maggi pelo PR, que deve acontecer hoje durante uma conversa com o presidente Lula, irá facilitar a sua decisão. Homero Pereira não deverá aguardar o ato de filiação do governador porque não deverá acontecer mais neste mês. "O anúncio será nesta semana, mas a filiação deverá ser em fevereiro", informou um membro do grupo.

O adiamento da filiação é para dar tempo de contatar todas as lideranças do grupo de Maggi, já que, como admitiu Luiz Pagot e o próprio governador, não foi feito nenhum trabalho junto as bases sobre a saída do PPS. "Foi para evitar criar falsas expectativas", justificou o chefe do executivo estadual.

Diante disse, decidiu-se, numa reunião realizada na terça a noite, na Famato, a apresentação a Maggi da transferência da data de filiação, justamente para se realizar um contato com os prefeitos, vereadores e lideranças do grupo.

Por isso, preocupado com a possibilidade de ficar sem partido, Homero cobrou uma definição e Luiz Pagot marcou a reunião com Fagundes que, a princípio, seria realizada ontem a noite em Rondonópolis. Mas o parlamentar veio direto de Brasília para Cuiabá, o que proporcionou o encontro na Famato. De acordo com informações, Homero Pereira teria assinado ontem mesmo a sua ficha de filiação ao PR para Fagundes abonar e encaminhar a justiça eleitoral. Dessa forma, ele não correria o risco de tomar posse sem estar legalmente num partido.