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Politica Brasil
Quinta - 18 de Janeiro de 2007 às 05:58

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O prefeito de Santo Antônio do Leverger, Faustino Dias Neto (PFL), afirmou ontem que as denúncias contra a sua administração encaminhadas à Câmara Municipal, não passam de revanchismo. O motivo, segundo o gestor, seria as demissões de parentes dos vereadores Franklin Carvalho Silva (PSDB) e Valdir Ribeiro (PFL) da administração municipal.

De acordo com o prefeito, o vereador Franklin Silva, que encaminhou à Câmara Municipal um dossiê contendo denúncias contra o prefeito, é irmão de Henriete Albuquerque, ex-secretária municipal de Cultura, Turismo e Meio Ambiente. Já o vereador Valdir Ribeiro, é filho, da ex-secretária municipal de Saúde, Anadir Mantero Ribeiro, que, segundo ofício encaminhado à Câmara, é quem produziu o dossiê.

As duas ex-secretárias foram desligadas do cargo recentemente por decisão do prefeito. “No caso da Anadir, nós tínhamos que adequar os gastos da Saúde à LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e a idéia dela era contrária a isso. Ela só aumentava o número de funcionários e de benefícios”, disse Faustino. “Além disso, todo mundo em Santo Antônio sabe que o filho dela (Valdir Ribeiro) é candidato declarado a prefeito”, acrescentou.

A demissão de Henriete, segundo o prefeito, se deu também por incompatibilidade política. Conforme o gestor, o vereador Franklin queria participar da administração e ao mesmo tempo votava contrário aos projetos do prefeito na Câmara. Além disso, as ações de Henriete na secretária, segundo o prefeito, favoreciam o bloco carnavalesco do qual o vereador faz parte. “Nós precisávamos colocar alguém neutro na Cultura”, argumentou.

Localizado na região pantaneira, Santo Antônio de Leverger tem como forte da sua economia o turismo. Além disso, o município realiza um dos carnavais mais freqüentados do Estado, o que faz com que a disputa entre os blocos carnavalescos seja acirrada.

DENÚNCIA – De acordo com o presidente da Câmara, vereador Izaias Pires Vieira Junior (PDT), o Regimento Interno da Casa determina que a denúncia só poderá ser aceita se tiver a assinatura de um terço dos vereadores (três), o que não aconteceu. Caso o vereador denunciante não consiga as demais assinaturas, a Mesa Diretora deverá convocar uma sessão extraordinária e designar três vereadores para apreciar o material e verificar a necessidade da abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito.

“O vereador Franklin já me antecipou que acha difícil conseguir as outras assinaturas”, disse o presidente ao ponderar que, se esse posicionamento for confirmado, na próxima semana ele deverá convocar a sessão extraordinária para formar a comissão especial que irá avaliar as denúncias encaminhadas ao Legislativo. (MR)




Fonte: Diário de Cuiabá

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