Rios e córregos |
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Rio Itanháem |
Itanhaem (SP) |
Regular |
Rio Santo Amaro |
Guarujá (SP) |
Regular |
Córrego Outeiro |
São Sebastião (SP) |
Ruim |
Rio Una |
Cabo Frio (RJ) |
Regular |
Rio Capivari |
Silva Jardim (RJ) |
Regular |
Rio Bengalas |
Nova Friburgo (RJ) |
Regular |
Rio Paquequer |
Teresópolis (RJ) |
Ruim |
Rio Grande |
Rio de Janeiro (RJ) |
Ruim |
Rio dos Macacos |
Rio de Janeiro (RJ) |
Regular |
Rio Paraíba do Sul |
Volta Redonda (RJ) |
Ruim |
Rio Cubatão |
Cubatão (SP) |
Ruim |
Córrego dos Cubas |
Guarulhos (SP) |
Regular |
Rio Bussocaba |
Osasco (SP) |
Ruim |
Rio dos Macacos |
Rio de Janeiro (RJ) |
Regular |
Rio Cocó |
Fortaleza (CE) |
Regular |
Rio Maranguapinho |
Fortaleza (CE) |
Regular |
Rio Potengi |
Natal (RN) |
Regular |
Rio Pitimbu |
Natal (RN) |
Ruim |
Rio Sanhauá |
João Pessoa (PB) |
Regular |
Rio Cuiá |
João Pessoa (PB) |
Regular |
Rio Capibaribe |
Recife (PE) |
Ruim |
Açude do Prata |
Recife (PE) |
Regular |
Rio Salgadinho |
Maceió (AL) |
Ruim |
Rio Pratagy |
Maceió (AL) |
Regular |
Rio Poxim |
Aracaju (SE) |
Regular |
Rio Vaza-Barris |
Aracaju (SE) |
Regular |
Rio Buranhém |
Porto Seguro (BA) |
Regular |
Rio da Vila |
Porto Seguro (BA) |
Regular |
Rio Jaguaribe |
Salvador (BA) |
Regular |
Rio Pituaçu |
Salvador (BA) |
Regular |
Avaliação feita em 30 rios, córregos e um açude, distribuídos por nove estados, indica que a qualidade da água de 70% dos locais analisados é regular e os 30% restantes tem nível ruim.
Nenhum dos pontos de coleta conseguiu a soma necessária para alcançar os níveis bom ou ótimo, de acordo com a análise feita pela organização não-governamental SOS Mata Atlântica, divulgada na véspera do Dia Mundial da Água, comemorado nesta sexta-feira (22).
De acordo com a ONG, 27 rios, dois córregos e um açude foram analisados entre janeiro e dezembro do ano passado em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia e Sergipe. Destes corpos d’água, 26 foram verificados pela primeira vez.
Segundo o estudo, nove rios tiveram a qualidade da água classificada como ruim.
Entre eles está o trecho do Paraíba do Sul que passa por Volta Redonda (RJ), o Capibaribe, no Recife, e o Cubatão, localizado na cidade de mesmo nome, na Baixada Santista (SP).
Entre os que foram classificados com a qualidade regular estão os rios Jaguaribe, em Salvador (BA), Macacos, no Rio de Janeiro (RJ), Potengi, em Natal (RN) e Maranguapinho, em Fortaleza (CE).
As análises que melhor tiveram resultado foram as do Rio Vaza-Barris, em Aracajú (SE) e do Rio Pratagy, em Maceió (AL) -- apesar de terem sido classificadas como regulares.
Segundo Malu Ribeiro, coordenadora do Programa Rede das Águas, o monitoramento indica que os rios das grandes cidades brasileiras estão com “a qualidade bem longe do ideal” e serve de alerta para que “as pessoas fiquem atentas e cobrem do poder público ações para transformar essa realidade”.
Qualidade das águas no Brasil
Apesar do desenvolvimento do país e enriquecimento da população, o Brasil ainda não conseguiu alcançar 100% da coleta de esgoto, principal causador de poluição hídrica no país.
De acordo com o relatório “Conjuntura dos Recursos Hídricos”, divulgado em 2011 pela Agência Nacional de Águas (ANA), o país coleta 56,6% do esgoto doméstico urbano.
Entretanto, apenas 34% deste volume passa por tratamento. Além deste problema, não existe ainda uma rede integrada de monitoramento da qualidade das águas.
Segundo a ANA, em nove estados ainda não existem quaisquer pontos de medição de possíveis alterações. Além dos sete estados da região Norte, Santa Catarina e Maranhão não verificam os dados.
O governo prevê para 2015 uma integração de dados sobre a qualidade da água que vai possibilitar a verificação de 4.400 pontos de coleta instalados em rios, nascentes e reservatórios.
Investimentos
Nesta quinta-feira (21), a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou que serão liberados R$ 100 milhões ao longo de cinco anos para ajudar os estados a adotarem medidas para gestão de seus recursos hídricos.
O objetivo, disse a ministra, é incentivar o fortalecimento dos Sistemas Estaduais de Gerenciamento de Recursos Hídricos, “desde sofisticar a medição e a qualidade de dados, como contratar gente, ajudar os estados a contratar pessoal especializado”.
Segundo informou o presidente da ANA, Vicente Andreu, os recursos serão disponibilizados mediante o cumprimento de metas por parte do estado. “A ideia é construir um sistema nacional para a governança eficaz dos recursos hídricos que garanta a oferta de água em quantidade e qualidade, no futuro, em todo o território nacional”, comentou.
Águas subterrâneas
Existe ainda a preocupação com as águas subterrâneas, que começaram a ser analisadas devido ao risco de contaminação por esgoto não tratado e resíduos industriais.
Em 2011, a União liberou R$ 15 milhões para que investigações e testes fossem feitos em bacias como a rio Amazonas, no Norte, e São Francisco, no Nordeste. Os estudos ainda não foram concluídos.
Segundo a ANA, a expansão das cidades, com mais indústrias e bairros, muitas vezes sem infraestrutura de saneamento básico, pode já ter causado a contaminação do solo de reservatórios naturais, mesmo aqueles localizados a uma profundidade que varia de 80 metros a 1.000 metros de profundidade.
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