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Segunda - 15 de Janeiro de 2007 às 15:57

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A Polícia Judiciária Civil realizou nessa segunda-feira (15), a operação Boa Vista, nos municipios de Alto Boa Vista (1.063 quilômetros da capital Cuiabá) e São Félix do Araguaia (1.143 KM). O objetivo foi o de apurar irregularidades ocorridas no município de Alto Boa Vista, durante a atual administração do prefeito Mário Cezar Barbosa (PL).

Dois delegados, cinco escrivães e 12 investigadores de polícia participam da Operação, que cumpriu sete mandados de busca e apreensão na prefeitura municipal, na secretária de finanças, nas residências de alguns secretários municipais e do prefeito, além de escritórios de contabilidade em São Felix do Araguaia. Um auditor do Estado também acompanha a operação, ajudando a separar a documentação necessária à investigação.

A operação atende a requisição da 12ª Promotoria de Combate aos Crimes Contra a Administração Pública e Ordem Tributária, que instaurou Inquérito Policial em novembro de 2006. Entre o período de 2001 à 2005 foram constatadas inúmeras irregularidades na Prefeitura de Alto Boa Vista.

Denúncias encaminhadas à Delegacia Fazendária demonstraram que diversos processos foram empenhados utilizando-se de documentos fiscais oriundos do Estado de Goiás e Tocantins, os quais após submetidos a verificação prévia na origem, demonstraram tratar-se de documentos fiscais fraudulentos — “notas fiscais falsas e notas clonadas”. Desde 2002, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) vem rejeitando, sistematicamente, as prestações de conta do município, mas as mesmas foram aprovadas anualmente pela Câmara Municipal.

De acordo com as investigações, desde 2001, uma quadrilha oriunda do Estado do Tocantins vinha comercializando documentos fiscais falsos ou clonados junto às prefeituras daquele Estado e também no Estado de Mato Grosso. A quadrilha vendia notas fiscais falsas de empresas estabelecidas nos estados de Goiás, Tocantins e Distrito Federal, similares as que foram encontradas nas contas da Prefeitura de Alto Boa Vista.

As investigações apontam que as fraudes são similares às realizadas no município de Confresa, que culminaram com a cassação e prisão do prefeito Iron Marques e de secretários municipais. Em Confresa, uma quadrilha desbaratada no Estado do Tocantins, havia vendido ao município a importância de R$ 700.000,00 (setecentos mil reais) em notas fiscais falsas de empresas dos Estados do Tocantins, Goiás e Distrito Federal, similares às notas fiscais utilizadas nos empenhos da Prefeitura de Alto Boa Vista.

As investigações realizadas pela Polícia Judiciária Civil também apontam que o secretário de Finanças de Alto Boa Vista, Emivaldo Castro e Silva; o secretário geral, Arlindo José Barboza e o presidente da Mesa Diretora do Poder Legislativo local, vereador Antônio Camelo Neto utilizavam-se de verbas públicas para fins particulares.

A delegada Alana Cardoso, da Delegacia Fazendária, concede coletiva à imprensa para fornecer mais informações sobre a operação Boa Vista.





Fonte: 24HorasNews

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