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Politica Brasil
Quinta - 11 de Janeiro de 2007 às 15:23

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Prefeitos e autoridades de 40 municípios do Nortão devem participar de uma audiência com o governador Blairo Maggi, em Sinop, e solicitar a intervenção junto ao Governo Federal para os principais entraves no desenvolvimento da região. A data prevista é no próximo dia 26, mas ainda deve ser confirmada.

O prefeito Nilson Leitão, que intermediou o encontro juntamente com o deputado Dilceu Dal Bosco, disse, hoje pela manhã, que grandes indústrias deixam de investir no município pela indefinição da pavimentação da BR-163. Este será um dos assuntos discutidos. “Para nós existe uma confiança muito grande que a pavimentação vai acontecer, mas os empresários que querem vir para cá investir, que estão há mais de 10 anos ensaiando essa vinda, acreditando nessa rodovia, hoje não acreditam mais e vão para outras regiões”, destacou.

Ele citou uma empresas no setor de carnes, que geraria mais 4 mil empregos diretos no município, mas que pode ser implantada em outra cidade, caso não haja definições concretas do início da obra.

Os prefeitos também devem pedir ao governador que possa intervir junto ao Governo Federal para a habilitação de frigorifícos dos municípios para exportar carne para o mercado europeu. “51% do rebanho bovino de Mato Grosso estão em cidades não habilitadas para o mercado europeu, ou seja, a metade de nossa produção não pode ser vendida para este mercado porque não está habilitada. Estamos sem doenças bovinas há muitos anos, temos uma criação de qualidade, com alimento in natura e não existe motivo para ficar fora do mercado”, justificou. “O governador precisa convencer o presidente da república a intervir nessa luta com a missão européia”, acrescentou.

Uma missão deve vir em março para fiscalizar frigoríficos que já exportam para a Europa. O objetivo é que o governo busque viabilizar uma nova missão para habilitar novos frigoríficos, que hoje exportam sua produção para a África e Ásia. “Tem que haver uma luta política, lembrando que isso não depende de lei estadual ou federal, mas de um trabalho muito forte de toda a classe para convencer a missão européia a vir em nossa região e outros 54 municípios”, argumentou. O mercado europeu é considerado um dos maiores consumidores de carne.

Outra reivindicação é para que haja mais rapidez na liberação dos planos de manejo, viabilizando a atividade madeireira na região, uma das principais bases da economia. Leitão destacou que o setor floretal teve prejuízos nos últimos dois anos e altos números de desemprego, principalmente após a operação Curupira (em junho de 2005). “É preciso que haja celeridade nesses processos para que mais empresários não desanimem e fechem suas portas”, enfatizou.

Ele também criticou a pressão em municípios pertencentes a Amazônia Legal e que enfrentam dificuldades para a aprovação de diversos projetos em áreas de florestas. “Estar na Amazônia Legal em, região floresta, parece que é um grande crime”, concluiu.





Fonte: Só Notícias

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