GM quer investir US$ 1 bi no país até 2010

Apesar do recorde histórico em vendas no ano passado, com 409.932 unidades no mercado brasileiro, a Chevrolet fechará o mês de janeiro em baixa por problemas de capacidade de produção na fábrica de Gravataí (RS). Mesmo com o investimento de R$ 500 milhões no ano passado para, entre outros, a ampliação da linha de produção, a GM deve investir mais US$ 1 bilhão (R$ 2,2 bilhões) entre os anos de 2008 e 2010.

"Fecharemos o balanço financeiro de 2006 no fim deste mês. Se a rentabilidade for boa, podemos investir até mais", afirma o presidente mundial da GM, Rick Wagoner, no Salão de Detroit --aberto ao público do dia 13 ao 21.

Segundo ele, o investimento não é só para o desenvolvimento de produtos para o Brasil mas também de outros para o Oriente Médio, a Ásia e até os Estados Unidos. "Estamos satisfeitos ao desenvolver produtos globalmente, o que só continuará dando certo com investimento."

A principal atração da GM no salão é o Volt. O carro-conceito, equipado com dois motores --um elétrico e outro 1.0 turbo--, pode, segundo a montadora, rodar até 60 km com energia elétrica ou 930 km com ambos os motores.

Diferentemente de outros modelos híbridos convencionais, o Volt não usa o pequeno motor a combustão para gerar potência, mas apenas para alimentar o motor elétrico. Além disso, ele permite o uso de combustível E85 (85% de etanol e 15% de gasolina). Ágio

Segunda colocada no ranking de vendas em 2006 --atrás da Fiat (465.562) e 95 unidades à frente da Volkswagen--, a GM tem a previsão de vender cerca de 17 mil unidades em janeiro, contra 25 mil da média registrada no primeiro mês do ano.

Os mesmos carros (Classic, Celta e Prisma) que ajudaram no crescimento de 12,2% em 2006 são os responsáveis pela demanda excessiva. "Eles são vendidos em trânsito [sem estar na loja]. O Prisma demora 40 dias para ser entregue e tem ágio de 2%", diz Ray Young, presidente da GM do Brasil.