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Economia
Terça - 09 de Janeiro de 2007 às 09:05

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Um acordo vai viabilizar o pagamento das dívidas entre produtores rurais e o setor privado. Hoje, o valor devido é estimado em R$3,5 bilhões.

A notícia, divulgada pelo Ministério da Fazenda após encontro com lideranças rurais e fornecedores da indústria, trouxe alívio a representantes do setor em Mato Grosso, como os produtores de algodão de Rondonópolis. "Vai ajudar muito o produtor porque ele tem uma safra de carência, está na expectativa de um mercado internacional de commoditties um pouco melhor e quem sabe o câmbio desloque em um ou dois anos de R$ 2,15, R$2,20 para R$2,40, R$2,50. Soluciona praticamente o problema do endividamento privado do produtor de Mato Grosso e do Brasil ", explicou Sérgio de Marco, presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa).

As dívidas foram acumuladas nas últimas duas safras, períodos de prejuízo nas lavouras causado pelo câmbio desfavorável, o superestoque da soja no mercado e o aumento dos custos de produção.

A medida prevê a divisão dos pagamentos em quatro parcelas anuais, com descontos oferecidos pelos fornecedores. Em troca, eles formariam com investidores e os próprios produtores um fundo para transformar as dívidas em títulos a serem negociados no mercado. O Banco do Brasil também financiaria um percentual dos débitos, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador. Junto com os credores, o governo usaria o Tesouro Nacional para garantir parcialmente o risco da operação.

"Certamente levará a um melhor grau de solvência, uma maior tranqüilidade para os produtores porque lhes dará tempo para fazer o pagamento segundo as próximas safras", avalia Renato Barbosa, superintendente de varejo.

A solução para as dívidas privadas do setor rural é vista por analistas econômicos como um vitória política de aliados recentes do presidente Lula, como o governador de Mato Grosso. "Já que a agricultura brasileira tem um impacto muito grande no Produto Interno Bruto, o presidente da República acionou e está acionando com isso em função de um crescimento econômico nacional e o país, em função da agricultura ser uma das principais alavancas para a formação do PIB, tem que organizar, dar a sua cota de participação para a fortalecer o setor produtivo nacional", disse o economista Antonio Humberto.

Os detalhes sobre as regras que vão determinar o funcionamento do fundo só serão definidas depois que o governo editar uma Medida Provisória, o que só deve acontecer no mês que vem, após as eleições no Congresso Nacional.





Fonte: TV Centro América

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