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Meio Ambiente
Terça - 09 de Janeiro de 2007 às 06:41

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Um cientista americano apresentou a hipótese de que as sondas Viking, que chegaram a Marte há 30 anos, possam ter achado rastros de vida nesse planeta, que no entanto destruíram por ignorância.

Num relatório apresentado durante uma reunião da Sociedade Astronômica dos Estados Unidos, em Seattle, Dirk Schulze, da Universidade de Washington, disse no fim de semana que "é possível" que já tenha acontecido um encontro com "a vida" em Marte.

As missões das duas sondas, que chegaram a Marte em 1976 e 1977, informaram que, definitivamente, não havia nenhum tipo de vida no árido planeta. As condições de frio e calor extremos impediriam um desenvolvimento biológico como o da Terra.

Segundo Schulze, as naves da Nasa buscavam formas de vida similares à da Terra, onde o elemento crucial é a água salgada. No entanto, a vida em Marte poderia ter evoluído com um fluido formado por água e peróxido de hidrogênio, que mantém sua forma líquida sob temperaturas muito baixas e não congela as células.

Além disso, o líquido seria compatível com processos biológicos se fosse acompanhado por outros compostos estabilizadores, que protegem as células de seus efeitos nocivos. Schulze observou que a substância desempenha funções úteis nas células de muitos organismos terrestres, inclusive mamíferos.

As sondas não detectaram vida baseada em peróxido e é até possível que tenham eliminado seres vivos, afogando e superaquecendo micróbios, disse.

Uma das experiências das Viking consistia em lançar água no céu e aquecer. "O problema é que os cientistas da época não tinham idéia de qual era o ambiente em Marte", afirmou.

"Se a hipótese está certa, isso significaria que matamos os micróbios marcianos durante nosso primeiro contato extraterrestre.

Eles foram afogados pela nossa ignorância", sugeriu.

A missão Phoenix da Nasa partirá em agosto deste ano para estudar o ambiente do planeta. Não está prevista uma investigação sobre a existência do peróxido, mas a nave descerá numa região subpolar cujas baixas temperaturas poderiam facilitar o ambiente para a existência de micróbios do tipo previsto por Schulze.




Fonte: Agência EFE

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