Maggi não deve pedir intervenção em Barão de Melgaço

O governador Blairo Maggi, em princípio, não deve decretar a intervenção no município de Barão de Melgaço (129 km distante da capital), na administração do prefeito Ibsen da Silva Leite, do PFL, informaram agora há pouco fontes do Palácio Paiaguás. A decisão foi anunciada pelo secretário-chefe da Casa Civil, Antonio Kato, segundo o qual o governador deve aguardar ainda um "parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE)".

O anúncio feito por Kato frustou a comissão SOS Barão, que defende o processo intervencionista já porque o município está "acéfalo e com as finanças deterioradas". A intervenção foi sugerida pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), em pedido feito pelo conselheiro Valter Albano.

O relator das contas de Ibsen, conselheiro Alencar Farias, confirmou que a auditoria detectou irregularidades gravíssimas e insanáveis, dentre as quais a emissão de 172 cheques sem fundo e a não aplicação dos 25% das receitas no setor educacional. O montante total dos cheques emitidos supera a casa de R$ 1,1 milhão.