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Planalto e Aldo agem para barrar 3º nome na Câmara
O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), e o Palácio do Planalto tentam barrar o lançamento de um terceiro nome na disputa pelo comando da Casa. Por ora, Aldo e o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), são os únicos pré-candidatos.
Por telefone, Aldo conversou com articuladores do chamado "Grupo dos 30". Eles se reúnem hoje em São Paulo para tentar lançar uma "terceira via" na disputa. O grupo deseja promover ações ao longo da legislatura para resgatar a desgastada imagem do Congresso.
Já o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, disse que, "se houver apenas dois candidatos da base [de apoio ao governo, Aldo e Chinaglia], não há problema em haver disputa". No entanto, afirmou que, se surgir um terceiro nome, "o governo deve se precaver e tentar unificar a candidatura da base para evitar um novo episódio Severino".
Em 2005, Severino Cavalcanti se elegeu presidente da Câmara tirando proveito da divisão na base do governo, que apresentou dois postulantes. Aldo propôs uma reunião com o "Grupo dos 30" para tentar minar a eventual novidade. Ele teme o enfraquecimento de apoios que articula na oposição, sobretudo no PSDB.
Em conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada, Aldo disse que um dos seus trunfos contra Chinaglia era o suporte de parte da oposição.
Chance de vitória
Antes propenso a lançar uma "anticandidatura", o "Grupo dos 30" avalia que a disputa entre Aldo e Chinaglia abre espaço para um nome com chance de vitória.
O sonho do grupo é que esse candidato surja do PMDB ou do PT, partidos que terão, respectivamente, a primeira e a segunda maiores bancadas da Câmara na nova legislatura.
O peemedebista Michel Temer (SP) seria um dos preferidos. O grupo também cogita um entendimento com petistas como Walter Pinheiro (BA) e José Eduardo Martins Cardozo (SP).
"Inicialmente, havia a possibilidade de anticandidatura apenas para marcar posição. Agora a gente quer tentar achar uma pessoa que possa vencer", diz Fernando Gabeira (PV-RJ), um dos articuladores do "Grupo dos 30", que poderá crescer com a adesão de deputados de primeiro mandato.
"Estamos falando com muita gente do PMDB e do PT", afirma o tucano José Aníbal (SP). "É desses partidos que sairá um nome que tenha perfil republicano e que seja independente do Executivo", diz Raul Jungmann (PPS-PE).
Aldo enviou mensagem ao "Grupo dos 30" dizendo-se atento às reivindicações da frente, como mudança da imunidade parlamentar e rejeição ao reajuste de 91% do salário dos deputados (R$ 24.500 mensais) --esta uma medida defendida por ele e Chinaglia.
"Conseguir um apoio desse grupo no primeiro turno seria uma maravilha. Se não for possível, tenho certeza de que esse pessoal tende a apoiá-lo no segundo turno", diz Ciro Nogueira (PP-PI), um dos coordenadores da campanha de Aldo.
Tarso Genro disse que conversará com os presidentes dos partidos aliados e que poderá se reunir com eles nesta semana para elaborar estratégia comum na eleição.
Em resposta à crítica de interferência do Executivo no Legislativo, Tarso afirma: "O governo tem a obrigação de manifestar a sua opinião à sua base. É legítimo".
De acordo com ele, "a maioria do PFL e do PSDB, com apoio de partidos da base do governo", elegeu Severino em 2005. "Sem julgamento moral sobre a conduta [de Severino], elegeram um deputado que não teve condição de dar estabilidade à Câmara nem harmonia à relação entre os Poderes", afirmou.
Amanhã, às 15h, a bancada do PMDB deverá debater seu destino na eleição da Câmara. Até ontem, a tendência majoritária era pró-Chinaglia.
Por telefone, Aldo conversou com articuladores do chamado "Grupo dos 30". Eles se reúnem hoje em São Paulo para tentar lançar uma "terceira via" na disputa. O grupo deseja promover ações ao longo da legislatura para resgatar a desgastada imagem do Congresso.
Já o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, disse que, "se houver apenas dois candidatos da base [de apoio ao governo, Aldo e Chinaglia], não há problema em haver disputa". No entanto, afirmou que, se surgir um terceiro nome, "o governo deve se precaver e tentar unificar a candidatura da base para evitar um novo episódio Severino".
Em 2005, Severino Cavalcanti se elegeu presidente da Câmara tirando proveito da divisão na base do governo, que apresentou dois postulantes. Aldo propôs uma reunião com o "Grupo dos 30" para tentar minar a eventual novidade. Ele teme o enfraquecimento de apoios que articula na oposição, sobretudo no PSDB.
Em conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada, Aldo disse que um dos seus trunfos contra Chinaglia era o suporte de parte da oposição.
Chance de vitória
Antes propenso a lançar uma "anticandidatura", o "Grupo dos 30" avalia que a disputa entre Aldo e Chinaglia abre espaço para um nome com chance de vitória.
O sonho do grupo é que esse candidato surja do PMDB ou do PT, partidos que terão, respectivamente, a primeira e a segunda maiores bancadas da Câmara na nova legislatura.
O peemedebista Michel Temer (SP) seria um dos preferidos. O grupo também cogita um entendimento com petistas como Walter Pinheiro (BA) e José Eduardo Martins Cardozo (SP).
"Inicialmente, havia a possibilidade de anticandidatura apenas para marcar posição. Agora a gente quer tentar achar uma pessoa que possa vencer", diz Fernando Gabeira (PV-RJ), um dos articuladores do "Grupo dos 30", que poderá crescer com a adesão de deputados de primeiro mandato.
"Estamos falando com muita gente do PMDB e do PT", afirma o tucano José Aníbal (SP). "É desses partidos que sairá um nome que tenha perfil republicano e que seja independente do Executivo", diz Raul Jungmann (PPS-PE).
Aldo enviou mensagem ao "Grupo dos 30" dizendo-se atento às reivindicações da frente, como mudança da imunidade parlamentar e rejeição ao reajuste de 91% do salário dos deputados (R$ 24.500 mensais) --esta uma medida defendida por ele e Chinaglia.
"Conseguir um apoio desse grupo no primeiro turno seria uma maravilha. Se não for possível, tenho certeza de que esse pessoal tende a apoiá-lo no segundo turno", diz Ciro Nogueira (PP-PI), um dos coordenadores da campanha de Aldo.
Tarso Genro disse que conversará com os presidentes dos partidos aliados e que poderá se reunir com eles nesta semana para elaborar estratégia comum na eleição.
Em resposta à crítica de interferência do Executivo no Legislativo, Tarso afirma: "O governo tem a obrigação de manifestar a sua opinião à sua base. É legítimo".
De acordo com ele, "a maioria do PFL e do PSDB, com apoio de partidos da base do governo", elegeu Severino em 2005. "Sem julgamento moral sobre a conduta [de Severino], elegeram um deputado que não teve condição de dar estabilidade à Câmara nem harmonia à relação entre os Poderes", afirmou.
Amanhã, às 15h, a bancada do PMDB deverá debater seu destino na eleição da Câmara. Até ontem, a tendência majoritária era pró-Chinaglia.
Fonte:
Folha de S.Paulo
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/249963/visualizar/
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