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Politica Brasil
Sexta - 05 de Janeiro de 2007 às 09:14

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O deputado e primeiro-secretário da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, José Riva, defendeu hoje a realização de uma investigação ampla para apurar suspeitas de irregularidades na gestão de Ana Carla Muniz na Secretaria Estadual de Educação. O parlamentar também desafiou o esposo de Ana Carla, o deputado estadual e ex-prefeito Percival Muniz, a abrir para o público os dados de sua gestão na Prefeitura de Rondonópolis.

“As contas da Assembléia já foram alvo de uma devassa e nada de irregular foi encontrado. Mesmo assim faço um desafio público: abro a Assembléia para que o deputado Percival faça uma nova devassa, desde que ele também faça o mesmo em relação à sua passagem pela Prefeitura de Rondonópolis”, disparou.

As declarações foram feitas em entrevista ao programa Patrulha da Cidade, apresentado pelo jornalista Jandir Martins, na afiliada da Rede Record. Riva respondeu às acusações feitas por Percival Muniz no mesmo programa na semana passada. Muniz considerou abusivo o duodécimo da Assembléia Legislativa e defendeu a ‘abertura da Caixa-preta’ que, segundo ele, existe no parlamento estadual.

“Caixa-preta existia é na Prefeitura de Rondonópolis. A gestão dele terminou com mais de R$ 50 milhões de dívidas e é isso que precisa ser explicado”, afirmou Riva.

O primeiro-secretário da Assembléia disse ainda que, diferente de Muniz, seu patrimônio pessoal diminuiu depois que entrou na política. “Eu fiquei mais pobre, mas têm outros que, depois de passarem por uma Prefeitura, conseguiram até comprar fazenda de R$ 12 milhões”, alfinetou.

Educação Mas foi a gestão da ex-secretária Ana Carla Muniz o alvo preferencial dos ataques de José Riva. Apresentando documentos que teriam sido coletados no Tribunal de Contas do Estado e junto ao próprio Governo, o parlamentar denunciou convênios suspeitos de superfaturamento.

“A secretária gastou R$ 80 mil reais para capinar o pátio de uma Escola e afirma ter feito reformas gerais na maioria das unidades escolares aqui em Rondonópolis e isso precisa ser avaliado. Também chama atenção o caso da Escola Atrativa André Maggi, que já consumiu R$ 3,8 milhões e ainda não foi concluída. Em Alto Garças o mesmo projeto foi realizado com custo de 2,8 milhões”, afirmou.

Riva citou também os casos do sumiço de computadores e dos motores geradores de energia pertencentes à Secretaria de Educação que estariam sendo utilizados numa fazenda do ex-prefeito Percival Muniz. Segundo ele, estes casos já estão sob investigação da Polícia Fazendária.

“Além dessa investigação, acho importante que o Ministério Público também se pronuncie. A pedido do Governado Blairo Maggi preferimos não abrir uma CPI na Assembléia, mas, pelo volume das denúncias, acho que essa possibilidade ainda não está descartada”, declarou Riva.

O deputado estadual Percival Muniz e a ex-secretária Ana Carla Muniz foram procurados pela reportagem, mas não foram encontrados para falar sobre o assunto.





Fonte: Primeira Hora

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