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Ivo Cassol vai indicar preso pela PF para secretariado em Rondônia
O governador de Rondônia, Ivo Cassol (PPS), disse que Carlos Magno Ramos (PPS), preso em agosto do ano passado sob a acusação de se beneficiar de um esquema de desvios de verbas públicas desbaratado pela Polícia Federal, deve fazer parte de seu novo secretariado.
Em duas oportunidades --durante seu discurso de posse e em uma entrevista a uma emissora de televisão--, Cassol afirmou que Ramos, ex-candidato a vice em sua chapa à reeleição e ex-chefe da Casa Civil em sua gestão, voltará à administração. Para o governador, ele foi "sacrificado" por acusações infundadas.
"Quero agradecer a um grande amigo meu, que se sacrificou por mim e pagou caro, mas está de pé", disse o governador, em referência a seu ex-vice.
De acordo com a assessoria do governo, Cassol acredita que as acusações contra Ramos miravam na verdade sua candidatura e foram articuladas para favorecer a eleição da senadora Fátima Cleide (PT), que terminou em segundo lugar na disputa. À Folha, Cleide negou esta versão.
Apesar de Cassol já ter reconduzido todos os atuais secretários a seus cargos, ainda estão previstas mudanças no staff governamental.
A maior possibilidade, afirmou a assessoria, é que Ramos volte mesmo para a Casa Civil. Ele é mais conhecido como um articulador político do que como um técnico.
Prisão
Ramos foi preso durante a Operação Dominó, da PF, devido a uma gravação de setembro de 2005 em que ele aparece supostamente pedindo a inclusão de dois nomes na cota da folha de pagamento de Carlão de Oliveira, ex-presidente da Assembléia Legislativa do Estado e apontado como líder do esquema de fraudes.
À época, Ramos justificou que os valores eram para o pagamento da pensão de suas duas ex-mulheres. Quando renunciou à candidatura de vice, divulgou carta afirmando sua inocência e cobrando rigor nas apurações do escândalo.
Hoje, Ramos responde em liberdade às acusações de formação de quadrilha e peculato. Ele passou mais de cem dias detido no Centro de Correição da Polícia Militar de Porto Velho, mesmo lugar onde Carlão ficou até novembro do ano passado.
A reportagem não conseguiu localizar Ramos nem seu advogado. Cassol, que deve tirar férias na próxima semana, também não foi encontrado para comentar sua fala. Operação Dominó
A Operação Dominó, efetuada pela Polícia Federal em agosto de 2006, prendeu 23 pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de desvios de recursos que causou prejuízo de R$ 70 milhões aos cofres públicos de Rondônia.
Entre os presos estavam o então presidente do Tribunal de Justiça, Sebastião Chaves, o então presidente da Assembléia Legislativa Carlão de Oliveira, José Carlos Vitachi, ex-procurador-geral de Justiça, e o então candidato a vice e ex-chefe da Casa Civil do governo Ivo Cassol (PPS), Carlos Magno Ramos (PPS). Dos 24 deputados estaduais, 23 eram investigados por envolvimento nas fraudes.
De acordo com as investigações, o dinheiro era desviado por meio de licitações fraudulentas, compras e contratações de serviços existentes somente no papel e de uma lista de pagamento paralela da Assembléia, composta de "laranjas".
A participação de integrantes do Judiciário e do Ministério Público foi descoberta, segundo a PF, porque ações contra o grupo paravam nas instâncias inferiores da Justiça do Estado.
As primeiras investigações sobre o esquema em Rondônia começaram depois de um pedido de Cassol, que fez gravações em vídeo de supostas propostas de cobranças de propina pelos deputados para aprovação de propostas do governo.
Em duas oportunidades --durante seu discurso de posse e em uma entrevista a uma emissora de televisão--, Cassol afirmou que Ramos, ex-candidato a vice em sua chapa à reeleição e ex-chefe da Casa Civil em sua gestão, voltará à administração. Para o governador, ele foi "sacrificado" por acusações infundadas.
"Quero agradecer a um grande amigo meu, que se sacrificou por mim e pagou caro, mas está de pé", disse o governador, em referência a seu ex-vice.
De acordo com a assessoria do governo, Cassol acredita que as acusações contra Ramos miravam na verdade sua candidatura e foram articuladas para favorecer a eleição da senadora Fátima Cleide (PT), que terminou em segundo lugar na disputa. À Folha, Cleide negou esta versão.
Apesar de Cassol já ter reconduzido todos os atuais secretários a seus cargos, ainda estão previstas mudanças no staff governamental.
A maior possibilidade, afirmou a assessoria, é que Ramos volte mesmo para a Casa Civil. Ele é mais conhecido como um articulador político do que como um técnico.
Prisão
Ramos foi preso durante a Operação Dominó, da PF, devido a uma gravação de setembro de 2005 em que ele aparece supostamente pedindo a inclusão de dois nomes na cota da folha de pagamento de Carlão de Oliveira, ex-presidente da Assembléia Legislativa do Estado e apontado como líder do esquema de fraudes.
À época, Ramos justificou que os valores eram para o pagamento da pensão de suas duas ex-mulheres. Quando renunciou à candidatura de vice, divulgou carta afirmando sua inocência e cobrando rigor nas apurações do escândalo.
Hoje, Ramos responde em liberdade às acusações de formação de quadrilha e peculato. Ele passou mais de cem dias detido no Centro de Correição da Polícia Militar de Porto Velho, mesmo lugar onde Carlão ficou até novembro do ano passado.
A reportagem não conseguiu localizar Ramos nem seu advogado. Cassol, que deve tirar férias na próxima semana, também não foi encontrado para comentar sua fala. Operação Dominó
A Operação Dominó, efetuada pela Polícia Federal em agosto de 2006, prendeu 23 pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de desvios de recursos que causou prejuízo de R$ 70 milhões aos cofres públicos de Rondônia.
Entre os presos estavam o então presidente do Tribunal de Justiça, Sebastião Chaves, o então presidente da Assembléia Legislativa Carlão de Oliveira, José Carlos Vitachi, ex-procurador-geral de Justiça, e o então candidato a vice e ex-chefe da Casa Civil do governo Ivo Cassol (PPS), Carlos Magno Ramos (PPS). Dos 24 deputados estaduais, 23 eram investigados por envolvimento nas fraudes.
De acordo com as investigações, o dinheiro era desviado por meio de licitações fraudulentas, compras e contratações de serviços existentes somente no papel e de uma lista de pagamento paralela da Assembléia, composta de "laranjas".
A participação de integrantes do Judiciário e do Ministério Público foi descoberta, segundo a PF, porque ações contra o grupo paravam nas instâncias inferiores da Justiça do Estado.
As primeiras investigações sobre o esquema em Rondônia começaram depois de um pedido de Cassol, que fez gravações em vídeo de supostas propostas de cobranças de propina pelos deputados para aprovação de propostas do governo.
Fonte:
Folha Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/250541/visualizar/
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