Repórter News - reporternews.com.br
Lula pensa em ministério para Aldo ou Chinaglia
Na tentativa de evitar mais uma derrota para o governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pressionou hoje os dois candidatos da base aliada ao comando da Câmara: o atual presidente, Aldo Rebelo (PC do B-SP), que disputa a reeleição, e o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). Lula quer que ambos encontrem uma solução para o impasse nos próximos 15 dias. Em conversas separadas com Aldo e Chinaglia, disse mais uma vez que o governo de coalizão não pode se dividir em duas candidaturas para a presidência da Câmara.
A eleição da nova cúpula do Congresso será em 1º de fevereiro e, para ajudar na negociação de um acordo, o Planalto deve oferecer um ministério a quem desistir. Auxiliares de Lula negam que se trate de prêmio de consolação. O problema é que, até agora, nem Aldo nem Chinaglia deram sinal de recuo. Mais: ambos cantam vitória.
"Não conheço candidato que não diga que tem o apoio de todo mundo. Só há 513 deputados e, pelo que eles dizem, têm voto de uns mil", brincou Lula. "E depois do que aconteceu no passado, precisamos ter cuidado", completou o presidente, segundo relato de interlocutores, ao lembrar do racha entre os aliados, em 2005, que resultou na eleição de Severino Cavalcante (PP-PE) para a presidência da Câmara. Sete meses depois, acusado de cobrar propina, Severino foi obrigado a renunciar e assumiu Aldo.
Lula recebeu primeiro Chinaglia, que é líder do governo na Câmara. Quis saber quais eram as forças políticas que o apoiavam. "Da minha parte, a conversa foi um relato de como está a minha candidatura. O presidente não opinou e eu mesmo disse que temos mais duas semanas para a decisão do processo", contou o petista.
Ao comentar com aliados sua reunião com o presidente, Aldo recorreu mais uma vez à história do Brasil para falar sobre sua disposição. "O meu lema é o do corneteiro dos Pirajás: o toque de avançar da cavalaria", comparou, numa referência às tropas lideradas por Luis Lopes durante a luta pela independência na Bahia, em 1822. Instado a dar o toque de retirada, o corneteiro deu o de avançar.
O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, afirma ter certeza que a base do governo apresentará um único candidato ao comando da Câmara. "Como os dois têm absoluta capacidade e qualidade para presidir a Casa, o critério que estamos trabalhando é muito simples: verificar quem tem mais chance de vitória", tem dito o ministro, que hoje participou das conversas.
A cúpula do PT avalia que Chinaglia conquistou o PMDB ao oferecer ao partido um rodízio na presidência da Câmara. Pela proposta, o PT ocuparia o cargo nos primeiros dois anos e o PMDB, nos outros dois. Mas a ala peemedebista liderada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), que é candidato a um novo mandato, defende a recondução de Aldo, assim como tucanos, pefelistas e expoentes do baixo clero.
A eleição da nova cúpula do Congresso será em 1º de fevereiro e, para ajudar na negociação de um acordo, o Planalto deve oferecer um ministério a quem desistir. Auxiliares de Lula negam que se trate de prêmio de consolação. O problema é que, até agora, nem Aldo nem Chinaglia deram sinal de recuo. Mais: ambos cantam vitória.
"Não conheço candidato que não diga que tem o apoio de todo mundo. Só há 513 deputados e, pelo que eles dizem, têm voto de uns mil", brincou Lula. "E depois do que aconteceu no passado, precisamos ter cuidado", completou o presidente, segundo relato de interlocutores, ao lembrar do racha entre os aliados, em 2005, que resultou na eleição de Severino Cavalcante (PP-PE) para a presidência da Câmara. Sete meses depois, acusado de cobrar propina, Severino foi obrigado a renunciar e assumiu Aldo.
Lula recebeu primeiro Chinaglia, que é líder do governo na Câmara. Quis saber quais eram as forças políticas que o apoiavam. "Da minha parte, a conversa foi um relato de como está a minha candidatura. O presidente não opinou e eu mesmo disse que temos mais duas semanas para a decisão do processo", contou o petista.
Ao comentar com aliados sua reunião com o presidente, Aldo recorreu mais uma vez à história do Brasil para falar sobre sua disposição. "O meu lema é o do corneteiro dos Pirajás: o toque de avançar da cavalaria", comparou, numa referência às tropas lideradas por Luis Lopes durante a luta pela independência na Bahia, em 1822. Instado a dar o toque de retirada, o corneteiro deu o de avançar.
O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, afirma ter certeza que a base do governo apresentará um único candidato ao comando da Câmara. "Como os dois têm absoluta capacidade e qualidade para presidir a Casa, o critério que estamos trabalhando é muito simples: verificar quem tem mais chance de vitória", tem dito o ministro, que hoje participou das conversas.
A cúpula do PT avalia que Chinaglia conquistou o PMDB ao oferecer ao partido um rodízio na presidência da Câmara. Pela proposta, o PT ocuparia o cargo nos primeiros dois anos e o PMDB, nos outros dois. Mas a ala peemedebista liderada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), que é candidato a um novo mandato, defende a recondução de Aldo, assim como tucanos, pefelistas e expoentes do baixo clero.
Fonte:
AE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/250797/visualizar/
Comentários